7.2.12

A falácia do Arturinho



Se percorrermos o histórico do apitadeiro Artur Soares Dias, chegaremos à triste conclusão de que a sua vocação na área desportiva é tão sòmente a de tocador de pífaro.

Arturinho é um jovem apitadeiro muito batido nestas andanças. Do seu pífaro sai uma música agradável para os ouvidos de muita gente mas que nunca enganará os mais atentos a estes assuntos, especialmente os Benfiquistas dedicados a escrutinar as prestações destes espécimes dos apitos.

A sua herança familiar fala por si. Seu pai, já falecido, foi uma das primeiras peças da engrenagem maquiavélica que há muitos, muitos anos, começou a tomar forma, a norte. Foi por essa altura que despontou o que viria a ser a era de maior suspeição e promiscuidade jamais vista no futebol indígena – a era da Fruta! - e é por isto que ele ainda hoje é recordado com saudade por Lourenço Pinto e quejandos.

Foram os primórdios de uma era incontornável e imparável que atingiu o seu apogeu com o rebentamento do escândalo Apito Dourado.

Os apitadeiros e seus dirigentes que integravam a maior associação de futebol do país, começaram a actuar concertadamente – são famosos os célebres “chitos” de Adriano Pinto - e com a ajuda de mais alguns, dispersos pelo centro e pelo sul do país e que também eram concessionários das famigeradas barracas de praia, transformaram a arbitragem num autêntico pântano (a estória de Francisco Silva, apitadeiro de Faro, no Algarve e Lourenço Pinto, à altura presidente do conselho de arbitragem, é umas das que ilustra fielmente o que se passava com os apitadeiros, com Lourenço Pinto a recorrer a todo o tipo de estratagemas para lançar o odioso noutros que não aqueles que nos bastidores fomentavam o clima de suspeição e bandalheira, e em que foi encontrado e punido o corrompido mas nunca se chegou a saber quem foi o corruptor, e onde essa eminência parda de “Palermo” foi conivente com quem deixou o cheque fatídico em cima da mesa do balneário dos árbitros, que Chico Silva inadvertidamente “meteu na pasta”).

Em conluio com um bando de mafiosos que emergia paulatinamente do submundo da Trypalândia, leia-se “Palermo”, delinearam estratégias bem urdidas e maquiavélicas que permitiram ter um número importante de árbitros na mão – uma teia que para aqueles que lá caíam começava a ser impossível libertarem-se dela. Desde filmes comprometedores em que os próprios apitadeiros eram os actores principais, autênticas obras-primas a pedir meças a qualquer “Garganta Funda”, passando por amásias de casas de alterne prontas para a denúncia e para o escândalo, até aos Silvaninhos de trás-dos-montes e aos Quinhentinhos de Guímaro, tudo começava a valer e a ser validado por essa camarilha da qual hoje ainda encontramos muitos resquícios.

É óbvio que esta nova geração de tocadores de pífaro nasceu neste meio e veio a conhecer bem este mundo infecto e conspurcado. Paralelamente, entre as gerações dos vários intervenientes nesta triste saga do apito, existe muita, muita consanguinidade.

Após estes considerandos, voltemos ao Arturinho.

Se há árbitros que já demonstraram porque razão estão a fazer uma airosa carreira no apito, Arturinho é um deles. É o ADN a funcionar em pleno…

A expulsão de um jogador do Marítimo no recente jogo com o Benfica na Luz, é um exemplo flagrante de como às vezes, para tapar qualquer tipo de suspeição e desconfiança, é conveniente lançar algumas cortinas de fumo e pó para os olhos dos desatentos.

Numa atitude para maestro Bitó dos pífaros ver e numa altura em que o Benfica ganhava o jogo e em que só um golpe de teatro lhe retiraria o apuramento para a fase seguinte da competição a que esse jogo reportava, Arturinho, querendo exibir uma isenção que nunca demonstrou no passado, tratou de precipitadamente pôr na rua o avançado maritimista.

Esta atitude do apitadeiro só veio prejudicar o Benfica, pois é mais que provável que o seu pifarinho volte a fazer das suas, mas ao contrário, numa futura nomeação, mais que previsível, pois faltam ainda muitas jornadas para o fim do campeonato da Liga.

A cáfila azul e bronca do Freixo, bem como os eternos calimeros submissos, a sul, - como foi exemplo ainda ontem, a marabunta paineleira da 2ª feira na SIC Notícias, mais conhecida pela firma “Verme & Palito, Lda.”, que logo ali começou a espernear e a estrebuchar - socorrendo-se deste facto, irão considerar válida qualquer tramóia futura ao Benfica, já que ficou ilusòriamente provada, a cândida isenção de Arturinho com aquele acto falacioso que aos olhos de muita gente pareceu um benefício para o Benfica.

Pura ilusão!

Lembro-me bem, para não ir mais longe, dos 6-0 do Benfica ao Marítimo, na Madeira, em que o Glorioso, mesmo com o cabaz já cheio, foi presenteado com seis ou sete amarelos, chegando Arturinho, ao cúmulo de amarelar o nosso guarda-redes por “queimar tempo num pontapé-de-baliza”, considerando anti-jogo, quando o resultado já ia em 4 ou 5 a zero!

Depois disso já houve mais dois ou três jogos em que a história foi a mesma.

Em conclusão, Artur Soares Dias, como apitadeiro, é uma falácia dourada, com notórios fogachos azuis e broncos, tal e qual as barracas da praia da Madalena.

A propósito da Madalena…
A casa iluminada bem como a cómoda sem as gavetas já foi vendida…

É como as escutas. Já lhes perderam o rasto, invalidando-as!

Vergonha de país! E então a norte, nem se fala!

GRÃO VASCO

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