1.2.12

Guedes The Kid



Ontem, ao ver no programa Trio d’Ataque na RTP informação, um catraio das Fontaínhas a pedir encarecidamente uma esmolinha para a cascata do S. João (leia-se Fruta Corrupção & Putêdo) fiquei enternecido, lembrando-me das diabruras de Billy The Kid nas famosas Aventuras de Lucky Luke.

Após anos e anos assolado por forte corrupção, trapaça, com muito putêdo à mistura, apelidado de batoteiro por Platini, com uma contabilidade generosa onde até entravam facturas logo pagas pelos cofres “off shores” do respectivo grémio, como a de José Amorim, vulgo árbitro Carlos Calheiros, respeitante à sua viagem ao Brasil com a família e que ficou em mais de 700 contos, 3.500 euros na moeda de hoje, veio agora este rapazola da afamada escola de “Palermo”, iniciar um peditório, através da tal cascata, para a beatificação e absolvição do seu grémio e do seu guru.

O Guedes é um miúdo gingão, tipo malandrito de urinol, de lábia fácil, canta bem, mas não me alegra. Muito menos, à esmagadora maioria das pessoas deste país que já sabe há muito quanto é que essa casa gasta.

Com um fácies grave e solene, numa pose teatral a roçar a hipocrisia, elevou o nome do seu grémio, já besuntado de nódoas, a par do dos axadrezados do Bessa, ao “infinito celestial” colocando-os no topo das suas escolhas. Um paraíso que só ele vislumbrou, esquecendo-se dos paraísos fiscais e dos das impunidades.

Temos de concordar que o miúdo é bem-mandado e cumpre bem com os trabalhinhos de casa, com ou sem espírito santo de orelha…

O momento seria assim transcendental, se todos não soubéssemos que aquela verborreia foi mais uma tentativa branqueadora de limpar ou apagar da História a mascambilha que Gonçalves Pereira, então presidente do Conselho de Justiça da FPF tramou, e que levou com sucesso quase, quase, até ao fim, e que consistia na anulação das condenações ao guru do Guedes, ao seu grémio e ao dos Loureiros.

A corja nunca deixou de tentar que o anátema da corrupção que caiu como um raio sobre o seu guru e respectivo grémio fosse esconjurado.

Agora, com o Conselho de Justiça recomposto e redimensionado à escala azul e bronca de “Palermo”, com as “Facturas” em dia através da recente eleição do novo presidente da mesma cor, novo julgamento parece estar em marcha, na tentativa desesperada de revogar a decisão da Comissão de Disciplina de então, à época presidida por Ricardo Costa, o Grande Satã ou a origem de todos os males do clube das putas e do marisco.

É que como reza a História, Gonçalves Pereira ao ver-se confrontado com uma derrota eminente que reconfirmaria a condenação dos prevaricadores, acabou abruptamente com a reunião decisória e “cavou”, arrastando consigo o seu vice-presidente, Costa Amorim, um indefectível fanático do grémio da fruta e um dos deputados que faziam sempre parte da comissão de recepção ao jantar oferecido ao famigerado “Madaleno” na Assembleia da República, por essa cambada de morcões incorrigíveis.

A reunião continuou por decisão da maioria dos conselheiros e confirmou a pena por corrupção ao guru do Guedes e respectivo grémio e ao grémio dos Loureiros.

Pois o que a corja já há muito tempo pretende é que a parte da reunião que foi feita sem aquela parelha de amantes do grémio que veste com o tecido cujo padrão é igual ao do das barracas de praia, seja anulada e posteriormente feita outra, já com o CJ actual para tentarem com que a condenação seja anulada, o que tem vindo a conseguir com o recurso à justiça civil. Mas o processo ainda não findou.

Por mim, estarei sempre aqui, para denunciar o que foi a tentativa mais sórdida de que há memória para ilibar alguém que pela invalidação das escutas telefónicas como meio de prova e recorrendo a outro “tipo” de tribunais e de jogadas ignóbeis, continua impune, fintando sistematicamente a justiça.

E para catraios daquela laia e com aquela lábia, sabidolas de pacotilha, como o que ontem deu aquele triste espectáculo televisivo, não há melhor como agarrá-lo bem pelos fundilhos das calças e banhá-lo na ETAR de Contumil.

E já agora, o Manuel de Oliveira bem pode contratá-lo para uma nova versão do filme “Aniki Bóbó”.

Segue o “filme” dessa célebre reunião do CJ
(para quem não se lembrar, aqui ficam alguns highlights, entre muitos outros que se encontram em arquivo)




“O JOGO” - 23:58 - Futebol - FPF

Conselheiros consideram que António Gonçalves Pereira agiu “intencional e deliberadamente” para impedir decisão sobre recursos do Boavista e Pinto da Costa

Os cinco conselheiros consideraram que o presidente do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) agiu sexta-feira passada “intencional e deliberadamente” com o fim de impedir a deliberação sobre os recursos do Boavista e Pinto da Costa, entre outros. Na madrugada de sábado, cinco membros do CJ confirmaram as penas de descida de divisão do Boavista, por coacção sobre árbitros, e de suspensão de dois anos ao presidente do FC Porto, por tentativa de corrupção, decretadas em primeira instância pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LFPFP), no âmbito do processo Apito Final. No entanto, o presidente do CJ, António Gonçalves Pereira, tinha dado por encerrado a reunião às 18 horas de sexta-feira, depois da contestação de vários conselheiros ao despacho de impedimento por si exarado, que visava impossibilitar a participação do vogal João Abreu nos recursos de Pinto da Costa. Nas duas actas dessas reuniões, a que a Agência Lusa teve acesso e que foram hoje entregues às partes interessadas nos processos, via FPF, as posições são díspares e exemplificam bem o imbróglio jurídico nestes casos do futebol português. Os conselheiros defendem que o acto do presidente do CJ, Gonçalves Pereira, em terminar o primeiro encontro, é “nulo”, enquanto o mesmo Gonçalves Pereira entende que as decisões tomadas na segunda reunião carecem de fundamento legal. No primeiro encontro e depois de Gonçalves Pereira ter notificado o vogal João Abreu da decisão de o considerar impedido de participar nos recursos do Boavista e Pinto da Costa, o conselheiro Álvaro Batista, após vários considerandos, propôs a suspensão imediata do presidente do CJ e a instauração de um processo disciplinar. Álvaro Baptista, conforme se lê na acta da primeira reunião, lembrou o incidente de suspeição levantado pelo Paços de Ferreira relativamente às ligações entre Gonçalves Pereira e elementos ligados àqueles processos/recursos, como Valentim Loureiro e João Loureiro, e considerou também que o presidente do CJ vinha sucessivamente adiando as decisões, discorrendo também sobre a intenção de suspender João Abreu, de forma a modificar o sentido de voto dos vários elementos. Gonçalves Pereira considerou então encerrada a primeira reunião, salientado não existirem “condições para se deliberar objectiva e imparcialmente”. Ao abrigo das suas competências e recorrendo à alínea b) do artigo 9º do regimento da CJ, Gonçalves Pereira deu por encerrada a reunião, não analisando os recursos e assinando a acta juntamente com o secretário. Depois de jantar, os cinco conselheiros voltaram a reunir e, por considerarem que o Conselho “tem competência” para instaurar o processo disciplinar ao presidente do CJ, assumiram ser nulo o primeiro acto – a inaugural reunião – e prosseguiram com o encontro, acabando por decidir pela descida de divisão do Boavista e pela sanção a Pinto da Costa. Os cinco elementos – o então presidente Álvaro Batista abandonou a sala nesse momento por ser o autor da proposta – votaram a instauração do processo disciplinar a Gonçalves Pereira e a suspensão preventiva e imediata de funções, tendo-se registado o resultado de três votos a favor e um voto em branco. A decisão, comunicada aos presidentes da AG e Direcção da FPF, Pimenta Machado e Gilberto Madail, respectivamente, foi então ultrapassada e os conselheiros permitiram que João Abreu se mantivesse na sala e votasse, acabando também por não analisar o incidente de suspeição levantado pelo Paços de Ferreira a Gonçalves Pereira, por este ter abandonado a reunião. Foram então votados os recursos da Ordem de Trabalhos, com os seguintes resultados: nos processos 36 a 38, relativos ao Boavista e João Loureiro, houve unanimidade no primeiro e maioria nos dois outros (quatro votos a favor e um contra, dado por Mendes da Silva). Nos processos que envolviam Pinto da Costa e os árbitros Jacinto Paixão (os conselheiros decidiram por provimento parcial ao recurso), José Chilrito e Manuel Quadrado (41 a 43), houve novamente quatro votos e um contra (Mendes da Silva), mantendo-se os castigos já emanados da CD da LPFP, assim como nos 44 e 45, com o presidente do FC Porto e o árbitro Augusto Duarte como envolvidos. Hoje, em conferência de imprensa, Gonçalves Pereira revelou ter interposto duas providências cautelares, no sentido de suspender a eficácia das decisões tomadas pelos cinco conselheiros na reunião da madrugada de sábado. O presidente do CJ disse ainda que vai manter-se no cargo e que pedirá ao presidente da AG da FPF a demissão dos cinco vogais que decidiram, à sua revelia, os recursos apresentados pelo Boavista e o presidente do FC Porto.

Quarta-feira, 9 de Julho de 2008



GONÇALVES PEREIRA DESMENTE, MAS É VERDADE

Gonçalves Pereira desmente hoje no diário desportivo “A Bola” ter anulado sozinho a classificação dos árbitros conforme demos notícia em primeira mão e até afirma que o filho de Fernando Marques que também fazia parte do Conselho, também tinha assinado a acta. Como fomos nós que demos a notícia em primeira mão, aqui vai o esclarecimento.

O senhor Gonçalves Pereira não está a ser rigoroso no seu desmentido, mas mais uma vez vamos avivar-lhe a memória.

Gonçalves Pereira, numa sexta-feira, véspera dos exames para um curso de árbitros da AF do Porto, onde deviam participar os melhores classificados e que foi gerido por Avelino Ferreira Torres, a pedido de Adriano Pinto fez um despacho a anular as classificações e tomou essa decisão sozinho e sem consultar qualquer dos membros do seu Conselho do qual fazia parte o filho de Fernando Marques, Amado Marques.

Avelino Ferreira Torres considerou a situação ilegal e mandou às malvas o despacho de Gonçalo Pereira realizando na mesma o curso. Mas, como isso deu uma grande bronca, com o pedido de demissão de Fernando Marques de presidente do Conselho de Arbitragem, Adriano Pinto, na semana seguinte, pressionou todos os outros conselheiros para que estes ratificassem o despacho e de facto, Amado Marques também assinou derrotado e na mesma reunião pediu a sua demissão.

Publicada por BateBola em 11:46



Segunda-feira, 7 de Julho de 2008

In Record

Presidente do CJ partiu a loiça

GONÇALVES PEREIRA QUIS IMPOR A SUA AUTORIDADE E ALEGOU FALTA DE CONDIÇÕES ÉTICAS

“Eu é que decido, tenho poderes, eu é que sei”!” – terá sido assim que Gonçalves Pereira, presidente do CJ, deu por terminada a discussão sobre o pedido de impedimento, requerido por Boavista e FC Porto, do conselheiro João Carrajola Abreu.

Perante o espanto dos conselheiros, com as mãos em cima da pasta de onde tirou uma disquete para imprimir documentos, Gonçalves Pereira dava por encerrada a reunião do Conselho de Justiça, alegando que não havia “condições éticas” para continuar, face à recusa de João Abreu de abandonar a sala. Os conselheiros ficaram admirados com a “prepotência” do presidente e decidiram prosseguir os trabalhos.

Este foi apenas um dos muitos episódios de uma reunião do CJ que ainda ninguém sabe se acabou às 17h55, como alega Gonçalves Pereira, sem decisões sobre os processos do Apito Final, ou se prosseguiu depois dessa hora, para, perto das duas manhã de sábado, serem anunciadas as decisões de dois processos do Boavista e outros tantos do FC Porto.


PÚBLICO

Apito Final

João Abreu acusa presidente do CJ de coacção para "obter tese favorável ao FC Porto e Boavista"

06.07.2008 - 08h34 Lusa

O conselheiro João Abreu acusou hoje o presidente do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), António Gonçalves Pereira, de coagir os membros do órgão para "obter uma tese favorável ao FC Porto e Boavista".

Em declarações à Lusa, João Abreu sustentou que Gonçalves Pereira "teve uma actuação insistente e prepotente, tanto para os conselheiros como para os funcionários da FPF", "desvirtuou o espírito colegial" do CJ e "denegou os princípios da ética".

"Gonçalves Pereira tentou pressionar os conselheiros no sentido de obter uma tese de vencimento favorável ao FC Porto e ao Boavista", denunciou João Abreu, conselheiro que o presidente do CJ tentou impedir de se pronunciar na reunião de sexta-feira sobre os recursos apresentados pelo presidente do FC Porto, Pinto da Costa, no âmbito do processo Apito Final.

João Abreu recordou que as pressões começaram a 16 de Junho, em reunião destinada a discutir a admissão das escutas telefónicas realizadas no âmbito do denominado "caso da fruta", em que Pinto da Costa é acusado de oferecer o serviço de prostitutas à equipa de arbitragem chefiada por Bruno Paixão, nomeada para o FC Porto-Estrela da Amadora, da época 2003/04.

"Eu posso votar e apresentar relatórios, mas para o Apito Final já não podia. O que iria suceder era que o presidente do CJ sabia da minha posição nos recursos e se ele me impedisse de votar, o conselho ficava reduzido a seis elementos e ele exercia o voto de qualidade e a decisões seriam diferentes", concluiu, em análise ao despacho de impedimento apresentado por Gonçalves Pereira.

Considerando que "é muito grave o que aconteceu", João Abreu, relator do recurso de Pinto da Costa no denominado "caso da fruta", revelou que Gonçalves Pereira o pressionou "durante meia hora ao telefone" para mudar de posição quanto às escutas telefónicas, após a reunião de 16 de Junho.

"Ficou patente que a minha posição era no sentido de a prova (escutas telefónicas) ser junta ao processo. O senhor Gonçalves Pereira contestou e, a partir dessa reunião, entrámos num processo que visava pressionar os conselheiros", salientou o vogal do CJ.

O conselheiro, indicado pela Associação de Futebol de Setúbal, revelou que o presidente do CJ "também telefonou a Salema dos Reis", membro do órgão de justiça federativo que esteve ausente na reunião de 16 de Junho, por se encontrar no estrangeiro, "no sentido de forçá-lo a tomar uma posição favorável ao FC Porto e ao Boavista".

João Abreu referiu que Gonçalves Pereira tentou afastá-lo da votação dos três recursos de Pinto da Costa na reunião de sexta-feira com um "falso argumento", uma vez que "não existe qualquer tipo de impedimento para exercer qualquer cargo na FPF".

"Integro o colégio de peritos árbitros nomeados pela FPF para a matéria de fixação de indemnizações de formação de jogadores e o único impedimento como juiz árbitro é que não posso julgar processos de clubes da associação que me indicou", sublinhou.

O jurista considerou estranha a forma como lhe foi apresentada a intenção de impedimento, recordando que "foi chamado à sala de reuniões da Direcção da FPF, no sétimo andar, onde estavam apenas Gonçalves Pereira e João Leal", este último do departamento jurídico da FPF.

"Pouco depois das 17h00, constatei que o presidente do CJ saiu da reunião. Alguém me pediu, baixinho, que fosse ao sétimo lugar, onde Gonçalves Pereira me informou que eu ia ser notificado de uma decisão dele, mas disse-lhe que estava numa reunião do CJ e que ele me fosse notificar lá", lembrou.

Na sala onde se reuniram os membros do CJ, Gonçalves Pereira apresentou então o impedimento, que não foi bem acolhido pelos conselheiros do órgão federativo, que pediram ao presidente que "retirasse o despacho" exarado por Gonçalves Pereira.

"Apresentei recurso para o plenário e Gonçalves Pereira não quis retirar o despacho e deu a reunião por encerrada, saindo da sala, para percorrer o sexto andar a ordenar aos funcionários que fizessem o que ele dizia, tentando impedi-los de continuar a assessorar o nosso trabalho", adiantou João Abreu.

Numa dessas situações, João Abreu lembrou que uma funcionária manifestou a sua recusa e, na presença de Gonçalves Pereira, telefonou a Gilberto Madaíl, "tendo recebido da parte do presidente da FPF o assentimento para continuar a prestar serviços de secretariado ao órgão" de justiça.

João Abreu foi mais longe e acusou Gonçalves Pereira de tentar impedi-lo de votar os recursos apresentados por Pinto da Costa, embora os acórdãos tenham sido produzidos pelo si.

O vogal do CJ reafirmou ainda que a reunião de sexta-feira, que confirmou a despromoção do Boavista à Liga de Honra e manteve a suspensão de dois anos a Pinto da Costa, "é perfeitamente legal", contrariando a afirmação de Gonçalves Pereira de que a mesma tinha sido encerrada às 18:00.

Um encerramento que João Abreu classificou de "ilegítimo" e "nulo", porque Gonçalves Pereira pretendeu "impedir que o requerimento da suspensão preventiva e imediata dele, apresentada por um conselheiro, fosse votada", além de "evitar a votação dos processos, porque entendia que os recursos iam ser rejeitados".

O conselheiro explicou ainda que os requerimentos do Boavista para o impedir de apreciar os recursos do clube "axadrezado" não podiam ser admitidos pelo relator, porque "a exposição nem sequer estava assinada por um advogado, o que é obrigatório".



PAGOU O JUSTO PELO PECADOR

Parte II (BolgdaBola) 17/07/08

Vamos lá corrigir alguns pontos do post anterior e agora colocando os nomes aos “bois”.

Livre do compromisso assumido, posso contar como é que o Boavista foi parar à Liga Vitalis, quando nesta altura podia estar entre os grandes do futebol português, muito embora pessoalmente, não acredite que exista um projecto viável para que isso aconteça, para mal dos meus pecados e dos grandes boavisteiros. Mas, amar o Boavista não é o mesmo que fechar os olhos às trapaças e acreditar que as pessoas que neste momento “governam” o clube do Bessa estejam realmente interessadas em salvar este clube centenário, pois se fosse esse o objectivo, até eu pagaria do meu bolso para que esse milagre se realizasse.

Mas, o que vejo, é um clube sem plantel, sem dinheiro e muitas promessas que não podem ser concretizados e com tudo apontado para que este grande clube desapareça e se possa branquear a gestão dos últimos 10 anos. Os boavisteiros têm de cair na real e começar a ter consciência de que só começando novamente por baixo este grande clube vai poder sobreviver, mas antes, os verdadeiros culpados pela desgraça têm de ser responsabilizados pelo que fizeram. O processo judicial já está em andamento e quem prejudicou o Boavista vai ter de ser julgado. Ninguém duvide disso. É uma promessa.

Vamos então ao que aconteceu na tal reunião do Conselho de Justiça da FPF.

No dia anterior a essa reunião, A advogada administradora da SAD do Boavista, Adelina Trindade Guedes, entrou em contacto com o assessor jurídico do FC Porto, Guilherme Aguiar e pediu-lhe ajuda na condução do processo que iria ser julgado no dia seguinte. O causídico dos “dragões”, aconselhou-a a preparar um documento a pedir o impedimento de João Carrajola, o tal conselheiro que Gonçalves Pereira quis excluir da reunião. Mas, esse documento devia ser guardado e só seria enviado, via fax, quando recebesse autorização para o fazer. Ou seja, no dia seguinte e em hora estrategicamente combinada.

O documento foi feito e guardado. Só que a advogada do clube do Bessa, tinha um casamento no Algarve e com a pressa para seguir para a boda, resolveu não esperar pela ordem do envio do tal fax e vai daí, às 10 horas da manhã, toca a enviar para o “éter” o documento. Não sabendo que esse pedido devia ser assinado por um advogado deu-o para assinar ao presidente Álvaro Braga Júnior, esquecendo-se que o causídico responsável pela situação era Carlos Quaresma. Um trunfo a favor dos grupo dos cinco.

O tal documento caiu fora de tempo no fax da FPF e directamente nas mãos de João Carrajola. Nessa altura o próprio João Carrajola estava a favor do Boavista e com o seu voto, o clube do Bessa seria sancionado com a perda de 9 pontos e mantinha a sua posição na primeira Liga, com uma votação de 4-3, incluindo o voto do presidente.

O nefasto fax enviado fora de tempo, teve o condão de virar a tendência de voto não só de João Carrajola, mas também de mais um dos conselheiros, obrigando ainda o FC Porto a abrir o jogo entes do tempo, situação que deu azo à saída precipitada de Gonçalves Pereira e a posição do Boavista acabou derrotada.

Daí se diga que pagou o justo pelo pecador, com a agravante do advogado do Boavista, Carlos Quaresma, ter sido obrigado a pedir a sua demissão por ter sido ultrapassado pela inexperiente administradora do clube.

Será também uma das consequências de um clube tão debilitado como o Boavista estar a ser gerido por duas pessoas, afectas aos dragões. Só fico admirado, ou talvez não, da passividade de grandes boavisteiros, como Tavares Rijo e outros, terem ficado pacificamente quietos perante tal situação.

A acta do "Grupo dos 5"

A turbulência do Conselho de Justiça é agora mais fácil de perceber, em função do conhecimento da acta da polémica continuação da reunião da última sexta-feira, na qual participaram cinco conselheiros, após o presidente do CJ, Gonçalves Pereira, ter dado por encerrado o encontro. Para perceber todos os passos, impõe-se desde já esclarecer que, na reunião que o presidente do CJ declarou fechada às 17h55, tinha sido declarado por si o impedimento do conselheiro João Abreu, não aceite por este, e havia sido feita uma proposta pelo conselheiro Álvaro Batista para a abertura de processo disciplinar e suspensão de Gonçalves Pereira, por voto secreto, acto em que o proponente e o dirigente em causa não participariam.


A célebre acta número 20 (continuação) dá então os seguintes passos:

1 Os cinco conselheiros consideram nulo o acto de encerramento da reunião por Gonçalves Pereira e acham que a mesma deve continuar.

2 - Porque também não está presente o vice-presidente, Elísio Costa Amorim (ausentara-se com o presidente), é proposto, para presidente, Mendes Silva. Este declina, por estar indisposto, alega. Por consenso, a presidência é entregue a Álvaro Batista.

3 - Conselheiros deliberam por unanimidade que, para o caso de não ser considerada nula a decisão de terminar a reunião, seja esta revogada.

4 - É posto à votação processo disciplinar e suspensão preventiva do presidente. Sai da sala o autor da proposta e presidente em exercício, Álvaro Batista, e passa a exercer a função o conselheiro Eduardo Santos Pereira. Em voto secreto, a proposta obtém 3 votos a favor e um nulo.

5 - Regressa à sala e reassume a presidência Álvaro Batista. Por unanimidade, decidem os cinco participar, ao presidente da AG e ao presidente da FPF, a decisão tomada.

6- Conselheiros apreciam recurso de João Abreu, considerado, na reunião até às 17h55, impedido pelo presidente. Por unanimidade, é revogado o despacho de Gonçalves Pereira.

7 - Decidem os cinco não analisar o incidente de suspeição lançado sobre o presidente pelo Paços de Ferreira, por inutilidade.

8- Passam de seguida à apreciação dos casos que estavam em tabela e que não haviam sido tratados até às 17h55.

As decisões

- Recurso do Boavista sobre Benfica/ Boavista - improcedente, por unanimidade.

- Recurso de Boavista e João Loureiro sobre Boavista-Académica - improcedente, por 4-1, com voto contra de Mendes da Silva.

- Recurso de Boavista e João Loureiro sobre Belenenses-Boavista - não foi votado por falta do relator.

- Recurso de Pinto da Costa , Jacinto Paixão, José Chilrito e Manuel Quadrado (FC Porto-Estrela, o chamado "caso da fruta") - improcedente, por 4-1, voto contra de Mendes da Silva.

- Provimento parcial do recurso de Jacinto Paixão.

- Recurso de Pinto da Costa e Augusto Duarte (Beira-Mar-FC Porto) - improcedente, por 4-1, com voto contra de Mendes da Silva.

- Não foi analisado recurso de Martins dos Santos pelo adiantado da hora.

- A acta foi assinada pelos cinco conselheiros (Mendes da Silva, Álvaro Batista, Eduardo Santos Pereira, José Salema dos Reis e João Abreu) e ainda por João Leal, o secretário que também tinha assinado a acta a dar encerrados os trabalhos às 17h55.

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GRÃO VASCO

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