O Benfica é dos
sócios. Depois os adeptos e simpatizantes. A sua vontade é sagrada, tal qual o
Templo, o Manto, a Bandeira e o Símbolo. Essa vontade, por amor e paixão ao Glorioso
deverá ter a sua expressão nas urnas. Para isso é que há e deverá sempre haver
eleições, por vezes com campanhas duras em que a luta democrática se transforma
num duelo mediático que ninguém quer perder. Exercendo os seus deveres e
direitos é aí que todos temos a possibilidade de apoiar ou não a gestão que foi
feita ao longo de um triénio e para o qual foram legitimamente mandatados os
respectivos dirigentes e o seu presidente.
O direito à crítica é
legítimo, mas há os locais e os momentos certos para isso. Os Benfiquistas não podem
ser estúpidos ao ponto de fazer o jogo do inimigo. Mas lamentàvelmente, o nosso
Clube está repleto de incorrigíveis, que não sabem distinguir o que para outros
é bem claro e que lhes tem proporcionado muitas alegrias. É que, conscientemente
ou não, misturam a libertinagem, o insulto, a crítica fácil, leviana e a
destempo com o que pensam ser só seu.
Não!
É absolutamente
inadmissível que as paredes do Templo Sagrado, a nossa casa, sejam conspurcadas
e profanadas por mãos marginais e inconscientes fàcilmente manipuláveis e que
noutras circunstâncias agitam bandeiras gloriosas.
É inaceitável que o
Estádio da Luz seja testemunha de actos ignóbeis de um bando de fulanos que se
quer confundir com uma Instituição centenária e gloriosa e que pensa que o
Benfica são eles, arvorando-se na única voz legítima e em donos do Benfica.
É absolutamente
condenável que uma cambada de energúmenos e cobardes de rosto tapado faça uma “espera”
aos jogadores e treinador vaiando-os após uma vitória e respectiva conquista de
um título.
É incrível como dois
pedaços de asno ladraram como mabecos para a SIC após a vitória do Benfica em
Coimbra na final da Taça da Liga.
O Benfica é muito,
mas mesmo muito mais do que meros contestatários de pacotilha. E sócios, há-os por
todo o lado. No continente, nas ilhas, nos países lusófonos, na Europa e no mundo, anónimos,
sem qualquer sigla, simplesmente Benfiquistas, que desprendidamente, por paixão
e amor ao Glorioso dão um contributo inestimável e nas mais diversas formas,
num apoio, esse sim único. Quantos são por exemplo, os que pagam as suas quotas,
sem possibilidades de se deslocarem ao Templo. Quantos?
O Benfica nasceu e
existe muito antes do aparecimento desse tipo de grupos ou de fulanos. Ganhou
títulos e títulos sem necessidade de recorrer a esta moda, que, tal como
apareceu, irá esfumar-se e diluir-se na voragem dos tempos.
O futebol é sui generis e a história fala por si –
as vitórias e a estabilidade desaparecem quando o clube se auto-degrada, se
auto-destrói. E o que se tem visto recentemente é uma tentativa de retorno aos
tempos em que o poder no Benfica caiu na rua e nos trouxe imensas amarguras.
Retornar ao passado,
nunca mais!
Quando for o momento,
veremos quem melhor defenderá os interesses do Benfica. Até lá, é usarmos a
razão e reservarmos a emoção para o apoio inequívoco à equipa, ao treinador e a
quem gere. Nas eleições, o veredicto virá e com ele a continuidade ou a
renovação. Tudo o resto é rasgar o Benfica e fragilizá-lo.
Agora, fazer o jogo
do inimigo, não!
É tal a fome de
desestabilizar o Benfica, que a vergonhosa RTP, telecomandada pelos morcões
corruptos do Freixo, albergando um punhado de piratas azuis e broncos na área
desportiva e não só, que durante todo o tempo se entretém a alfinetar o Benfica
de todas as maneiras e mais algumas, passou no domingo, nos telejornais, uma
peça em que se fazia alusão à contestação no Benfica e destacava um determinado
grupo, mas sem o especificar. Os cânticos, que a determinada altura, lamentàvelmente
se fizeram ouvir, até tiveram direito a serem legendados.
A isto chamo uma
canalhice sem limites da RTP, mas que foi sobejamente aproveitada por quem quer
mal ao Benfica.
A cobardia e a
leviandade destes miseráveis nunca os levou a legendarem os insultos que sistemàticamente
são “dedicados” ao Benfica e às suas Gentes quer nos jogos onde intervém o
Glorioso e mesmo noutros, onde se ouvem alto e bom som energúmenos e antis-Benfiquistas
a clamarem pelas suas mães.
É por estas e por outras
que a RTP e outros órgãos da CS é que deverão ser o alvo de acções de protesto,
não o Benfica.
GRÃO VASCO