Impagável!
Desde que a TV
pública foi tomada de assalto pela corja do Freixo, a norte, temos assistido a
verdadeiras obras-primas da comicidade mediática.
Se Hugo Gilberto e
Manuel Fernandes Silva, ou melhor “Selva”, & sus muchachos, manipulam os programas desportivos a seu bel-prazer,
usando sistemàticamente uma verborreia hábil e pantanosa, não escondendo a cor
azul corrupta com que se vestem todos os dias, outros há, que nos fazem sorrir
pela imberbe bacoquice mesclada de patrioteirismo
a pedir meças à Conceição “Peluda” de soutien verde com as mamas a transbordar
e cuecas vermelhas com o escudo no meio representando a bandeira portuguesa a
gritar pelo “Beluoso” e pelo “Nani”, ou ao Zé dos Figos com a sua proeminente
barriga enfiada na t-shirt da
selecção, com o dístico “eu amo Portugal”, besuntada de nódoas roxas do traçadinho a martelo da tasca de lá do
bairro.
Hélder Conduto e mais
uns quantos repórteres de campo fizeram do jogo de ontem transmitido pela TV
pública, um programa cómico que deixou bem patente a ridicularia e a
vulgaridade que hoje grassa na RTPalermo.
E o que eles lá em
cima, a norte, gozam com isto!
O que ontem vi e
ouvi, para além de onze lázaros e igual número de turcos, foi um espectáculo
medíocre, que lamentàvelmente varreu todo o meu querido Templo Sagrado e chegou
à TV pelas vozes, também medíocres de um bando de bacocos que me fez lembrar as
reportagens fervorosamente doentias do santuário de Fátima no tempo da “outra
senhora”.
Para a sessão ficar
completa, só faltaram a benzedura das camisolas das “quinas” por um Torgal
qualquer, ladeado do Al Capone do Freixo e da sua “inocente” netinha – produto
de “exportação” do Brasil - e uma procissão de velinhas encabeçada pelos
“macacos da Ribeira” em honra de Paulo Bento e de todos os santos da porta –
Gomes, Brou, Herculano, Craveiro e quejandos.
“Cristiano Ronaldo prepara-se para marcar o livre. Olha
para a baliza, dá uns passos atrás, abre as pernas…” – arrancava o
Conduto.
“Mais precisamente cinco passos. Cinco passos atrás” – reforçava o seu comparsa lá em baixo junto ao relvado.
“Mais precisamente cinco passos. Cinco passos atrás” – reforçava o seu comparsa lá em baixo junto ao relvado.
Um mimo!
Só lhes faltou
referir para além do “abre as pernas”, o incontornável “cospe para a relva”,
“aconchega as partes fodengas”, “tira
uns macacos do nariz”, “alça o pernil e ferra a melhor série de peidos da noite” “estica o elástico das
cuecas enfiadas no rêgo do cu”, “coça os tomates” e “arranca sete incómodos
pintelhos do refego direito da sua púbis”!
Francamente!
Já não bastava ouvir
a incrível parvoíce anunciada repetidamente ao longo de vários dias nas
RTPalermo’s, sobre o jogo de ontem, desconsiderando inclusive o adversário com
uma estúpida frase – “eles nem sabem o que os espera” – ainda apareceram estes “cromos”
habituais do anedotário desportivo jornalístico.
Dizia um deles que só
faltava “um golinho” para aquele público. Pois nem de propósito, a Turquia
fez-lhe a vontade.
Sorri, desliguei o
som ao televisor, fui beber um chá preto, genuíno, importado de Trabzon e
mandar umas golfadas de fumaça no meu “narguilé” turco.
Já estava enojado com
aquela estória toda.
GRÃO VASCO
PS - no final do
desafio, vim a saber pelo inefável anti-Benfiquista Tadeia, que os turcos
tinham dado três ao grupo de Jorge Mendes e que os piores em campo tinham sido
o Coentrão que não substituiu nem o Miguel Lopes, nem o Pepe, nem o Carniceiro
de S. Pertersburgo, nem o Rui Patrício como guarda-redes, no primeiro golo da
Turquia e o Nélson Oliveira que esteve pouco mais de dez minutos em jogo. Ainda
bem que não foi ele a falhar o penalty!
Enfim, um porco de
luxo numa RTP que mais parece uma extensão pocilguenta do chafurdo do Freixo na
capital.