Cristóvão resolveu
abandonar o seu curso superior de trolha. Cansado de pintar mastros e de
acartar sacos de cimento para o Fôsso do Lagartêdo, com níveis anormais de
adrenalina, agarrou na trouxa e lá foi outra vez a caminho da pré-história.
Consigo leva o fogo primitivo, novas ideias para as pinturas rupestres nos corredores
das suas cavernas e uma diferente forma de escutar.
Cristóvão passou como
um meteoro pela tribo do Lagartêdo, mas deixou marcas para sempre. Uma delas, a
mais mediática, foi a de aprendiz de feiticeiro – proporcionou-lhe um apregoado
investimento “cardinalício” através de um depósito mágico. Um feitiço que se
transformou na sua própria desgraça.
Para Godinho foi um
alívio. Já lhe bastaram os paquetes para meter água.
Mas segundo o “record
das petas” on line, que demorou uma
eternidade a dar tão triste notícia, Godinho, ao tomar conhecimento da decisão
do seu ex-ajudante-de-campo deu imediatamente ordens à telefonista do fôsso
para procurar nas páginas amarelas a agência de viagens dos Flintstones.
Consta que mais tarde
ou mais cedo terá de fazer um périplo ao Paleolítico Inferior e para isso alugar
um mamute ou um mastodonte, ou mesmo a viatura do Fred, retratada na imagem acima.
É que a factura da reparação das bancadas incendiadas do Templo Sagrado pelo
fogo primitivo está aí a chegar e é preciso encontrar depressa o trilho da
tribo do homo incendiarius para
entregar a ordem de pagamento a quem de direito.
GRÃO VASCO