19.6.12

“Os cristóvãos de Loures”



A meio da semana passada, o Cristóvão das Cavernas, um trolha do Fôsso do Lagartêdo, finda a pintura dos mastros e a desmontagem dos andaimes cardinalícios, agarrou nos papéis de parede, nas tintas, nas trinchas, nos sacos de cimento e restante tralha, carregou a caixa aberta do atrelado do seu velho tractor e abalou a caminho do Paleolítico com escala no tribunal e com a conta do contencioso a sobrar para o visconde dos paquetes, que estranhamente lhe tem aparado todas as jogadas.

Durante três dias a extinção desta espécie de homo incendiarius pareceu ser uma realidade.

Pareceu…

Pois sabe-se agora que este último abencerragem da Idade da Pedra Lascada deixou cá descendentes. E não são tão poucos como isso.

No último fim-de-semana, em Loures, o Pavilhão Paz e Amizade foi palco de um evento mediático destes hominídeos semi-selvagens.

Na sequência da exposição itinerante no Pavilhão Atlântico sobre os dinossauros e da mostra pré-histórica inaugurada recentemente pelo basket do Benfica no Caixote do Ladrão, no Freixo, o certame de Loures deu a conhecer na íntegra os “cristóvãos” no seu habitat natural – transformaram dois simples jogos de futsal em rituais tribais perigosos e assustadores.

Nem os vigilantes do recinto conseguiram travar os ímpetos animalescos deste bando de trogloditas que ululantes e em fúria, amontoados, juntos às linhas laterais do recinto, agarraram, ameaçaram e insultaram os jogadores do Benfica, só faltando dar cabo deles à dentada e à cacetada…

Os juízes de campo, por sua vez, complacentes com estas selvajarias, denotaram surdez e visão parciais doentias, pois deixaram impunemente prosseguir o certame até ao fim, talvez com a ideia de que esse sábado e esse domingo seriam suficientes para que o “filme” ficasse já completo. No primeiro dia aconteceram as barbaridades acima descritas e no segundo, o arremesso e rebentamento de um petardo, pertíssimo de um dos juízes e de jogadores do Benfica criou uma tensão enorme para além da insegurança que já se verificava desde o dia anterior.

Foi um fartar vilanagem!

Os representantes dos “cristóvãos” em campo, o seu intragável “orientador” Orlando e o dirigente do futsal do Lagartêdo, Miguel Albuquerque, sabendo deste ambiente “caseiro” de “paz e amizade” propício à intimidação e ao terror sobre os adversários, em muito contribuíram para um clima inacreditável, com as suas declarações sistemáticas, como por exemplo “vamos ter de lutar até à morte” e quejandas.

Mas não chegou, pois terão de regressar em breve à civilização, no outro lado de lá da segunda circular.

O meu desejo é que no próximo sábado, aconteça o que acontecer – a vitória do Benfica ou não - a resposta dos adeptos e sócios Benfiquistas seja entusiasmante e civilizada. Valerá a pena mostrar  essa diferença a “Orlandos”, “Godinhos”, “Albuquerques” e “cristóvãos” e lembrar-lhes que o Pavilhão Paz e Amizade em Loures, quando usado pelo Lagartêdo não faz jus ao nome que tem, nem faz parte da rota turística dos Benfiquistas e amantes do desporto em geral, transformando-se num antro incontrolável, violento e ameaçador mais parecendo uma caverna pré-histórica grotesca e aterradora, estimulada e instigada pelos seus próprios dirigentes.

Uma referência final para duas criaturas abomináveis da RTPalermo – dois “catitas” de leão ao peito, péssimos profissionais que não conseguem conter o seu reles facciosismo contra o Benfica em favor dos “cristóvãos de Loures”. Agora já nem disfarçam, é sempre a aviar como os Hugos Gilbertos, Louras, Leites e Manuéis da Silva, do Freixo. Para eles, nos dois dias do fim-de-semana não se passou nada. Com o Lagartêdo em vantagem e na eminência de vencer o campeonato, tudo corria sobre rodas, tudo era uma festa, mesmo a assistirem àquele vandalismo absurdo e a ouvirem os cânticos insultuosos habituais – SLB, fdp’s SLB - aos Benfiquistas… até que veio o Vítor Hugo, defendeu dois penaltys e pronto, a Águia comeu-os!

GRÃO VASCO






PS – Um parvalhão, vogal do Lagartêdo, de nome Ricardo Tomás, veio insurgir-se hoje, contra o treinador Paulo Fernandes depois de este ter pedido um “inferno” para o Pavilhão da Luz no próximo sábado, considerando as suas declarações “incendiárias”.
Porventura, este estúpido enxergou o que aconteceu em Loures?
E saberá ele o significado de “inferno” quando se fala na Luz?
Estes cabrões do Lagartêdo não têm decência nenhuma. Nem depois do triste espectáculo que deram na Luz quando atearam fogo às bancadas – aí é que foi mesmo um incêndio – conseguem diferenciar esta palavra da palavra “inferno”.
Mas afinal como é que estas bestas da pré-história, desprovidas de massa cinzenta, conseguiriam compreender estes significados?

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