27.8.12

Mota, Sousa & Jesus


 

Não, não é nenhuma sociedade de peças e acessórios para automóveis e muito menos uma firma do Algarve especializada na venda de alfarroba a granel. É sim, um trio de protagonistas da “peça” estreada ontem no Bonfim e que teve um desfecho muito desnivelado como há muito tempo não se via.

Como é previsível, as incidências do jogo entre o Vitória de Setúbal e o Benfica vão ter uma particularidade especial durante a maior parte desta semana – os mabecos azuis corruptos e os seus aliados submissos do lagartêdo vão ladrar até à exaustão, começando já hoje, segunda-feira, com a corja de paineleiros televisivos a manifestarem ruidosamente o seu miserável anti-Benfiquismo propagandeando que o Glorioso já vai ao colo.

Jorge Sousa e seus auxiliares irão ser o alvo predilecto começando já a campanha para futuros condicionamentos. Mas já lá iremos.

Antes do mais, a referência, isso sim, a outro evento – a campanha publicitária que ontem decorreu no estádio do Bonfim, durante os primeiros oito minutos da partida, visando a promoção do wrestling em Portugal.

Desde o início do jogo que a equipa setubalense se exibia como se não houvesse mais nenhum jogo do campeonato para além daquele que efectuavam contra o Benfica.

Alguém, preocupado com aquele ímpeto, questionou se não havia “malas especiais” no Bonfim provenientes do Freixo e da Pedreira. Fica a dúvida.

Por outro lado, as equipas de José Mota têm uma particularidade – contra o Benfica vale tudo. Mota incute uma excessiva agressividade nos seus jogadores que fàcilmente descamba na violência. Mais, violência gratuita. Amoreirinha, que tal como Rúben Amorim, já jogou no Benfica, foi a vítima desse estado de alma do seu treinador e interpretando à letra esse sentimento, tratou de mostrar que nas equipas de menor dimensão, há um potencial enorme para o crescimento do werstling em detrimento do futebol.

Esse estado de alma do pobre Mota prolongou-se, ultrapassando mesmo os limites do razoável, quando na conferência de imprensa após jogo desatou a desferir golpes e mais golpes, bolçando baboseiras e as parvoíces costumeiras.

Há fulanos que fazem do futebol um jogo para pernas-de-pau e Mota para além desta característica é um labrego no futebol. Ontem, só lhe faltou aquele boné a publicitar o verdadeiro wrestling e uma tabuleta de fundo, em lousa, com os preços a giz da dose das sardinhas assadas e chocos fritos nos restaurantes da zona.

Uma lástima!

Mota não poupou Jorge Sousa e arriou-lhe forte e feio. Sousa não lhe fez a vontade, como noutras vezes com outros protagonistas. Aí, Mota teve parte da razão, pois só de nos lembrarmos de Bruno Alves e da sua excepcional actuação como mestre do kung-fu na célebre partida da final da Taça da Liga em que o grémio corrupto perdeu 3-0 com o Benfica e da complacência de Jorge Sousa fazendo vista grossa a essa violência, podemos concluir da destreza e da forma habilidosa como actua este artista do pífaro nos mais diversos cenários. Mas nestas situações, que não a de ontem, para Jorge Sousa e muitos outros, a fruta fala mais alto.

Tomara que nos jogos do Benfica, Sousa tivesse sempre esta seriedade, hombridade e rigor.

Basta relembrarmos o seu colega e compagnon de route Artur Soares Dias, com um histórico impressionantemente reprovável em relação ao Glorioso. Na época passada, para a Taça da Liga, na Luz, Artur expulsou um jogador do Braga e logo após o jogo, a orquestra amestrada da paineleiragem televisiva em sintonia com os brácaros, estrebuchou e esperneou desalmadamente, protestando para o excessivo rigor na decisão. O resultado foi simples e Artur não perdeu tempo a recompôr-se desta “falha”. Passado muito pouco tempo, para o campeonato, nomeado cirùrgicamente pelo Bitó dos Pífaros, para o jogo entre o lagartêdo e o Benfica, escamoteou escandalosamente um penalty sobre Gaitán, visto a olho nu da estratosfera e mais um agarrão descarado a Luisão nas suas “barbas”, que atiraram de vez o Sport Lisboa e Benfica para fora da discussão do título, oferecendo-o de bandeja à escumalha corrupta do Freixo. Mas não contente e para que a remissão fosse completa e devidamente reconhecida, já esta época cumpriu mais uma vez a sua missão, roubando um golo limpo ao Benfica, evitando a derrota dos brácaros na primeira jornada na Luz e que o Benfica perfizesse os três pontos em disputa.

Para Jorge Sousa a história não acabou ontem no Bonfim e outras oportunidades surgirão para mostrar a sua verdadeira face no que toca ao Benfica. Isso é limpinho.

O gesto de Amoreirinha foi por demais evidente para que Jorge Sousa fizesse vista grossa. Por outro lado, sabia bem que o escrutínio de ontem era apertado e rigoroso após a prestação miserável do seu amigo Artur na jornada anterior na Luz e que as habilidades habituais contra o Glorioso não o beneficiariam em nada, pois a contestação e o ruído, no que se refere à farsa que têm interpretado em prol do grémio da fruta continua frêsca e tem sido alvo de contestação legítima e contínua das Gentes Benfiquistas. Mas tudo isto não impedirá que a breve prazo e através da “lei das compensações”, quando o campeonato apertar para os lados do Freixo, estes e outros “agentes do pífaro” – aqui, o realce para o passado recente e não só, com as actuações magistrais, leia-se roubos escandalosos ao Benfica, que fizeram de Benquerença, Proença, Xistra, Sousa e Artur, internacionais (Capela e Hugo Miguel já estão na calha) e reles representantes deste regime pôdre que grassa no nosso futebol - reponham com a desfaçatez que lhes é tão peculiar, o seu estatuto de “carrascos do Benfica”.

Por último, Jesus.

“Porque no te callas?” (as conferências de imprensa são um autêntico descalabro).

Nesta área é que o homem merece ser ajudado, mas não com os “manuéis sérgios” deste pobre país…

O Benfica deu-lhe e continua a dar-lhe um enorme crédito. É desejável que não o desperdice da mesma forma como já esbanjou o correspondente às duas épocas anteriores que se transformaram em grandes desilusões para todos os adeptos Gloriosos. Para já corrigiu algumas situações deficitárias que contribuíram para a exibição frouxa da equipa na primeira jornada. No entanto, neste jogo do Bonfim, a vantagem de mais um elemento quase desde o início do jogo, contribuiu para que o que poderia ser difícil se tivesse tornado fácil demais. Mas foi uma prestação eficiente de todos e não merece contestação, especialmente com alas novos, que justificaram em pleno a chamada ao onze inicial, em detrimento de Gaitán e Bruno César.

 
Salvio?
Um mimo.
Witsel?
Outro mimo.
Rodrigo?
Outro mimo.
Javi García?
Outro mimo.

O resto se verá!

Avancemos para o hipócrita do “toca a andar, isso, toca a andar”…

E qual o artista do pífaro para esse jogo?
Aposto em três – Xistra, Benquerença ou Poença. Oxalá que não!

 


GRÃO VASCO

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