Ouvi, através da Antena
1, os minutos derradeiros do jogo na Choupana. Com alguma ansiedade, ainda na
esperança de que o locutor que efectuava o relato, gritasse o terceiro golo do
Benfica. Não aconteceu. E, paradoxalmente, a esperança deu lugar a um mar de
desilusão, não pelo resultado, mas sim pelas expulsões de Óscar Cardozo e
Matic, culminando mais uma farsa canalha de Pedro Proença.
O “assalto” tinha sido
consumado, mesmo, mesmo, nos instantes finais do desafio, deixando sequelas
muito sérias para os próximos jogos do campeonato. E para gáudio de um Rita,
doido por malhar no Benfica, o empate entre as duas equipas, foi quase transformado
numa vitória do Nacional, pois a previsibilidade para o fim desta jornada era
quase como um facto consumado – grémio da fruta na liderança isolada e a
hecatombe prevista do Benfica a descer irremediavelmente na tabela
classificativa.
E mais daqui a um
bocado, mais uma “degola” dos inocentes.
Olhanense? Que é isso?
No entanto, nestas
coisas da bola, por vezes o que parece, não é.
E não é que não foi
mesmo?
Passadas duas horas e
meia do empate do Benfica na Madeira, com a dose de “caril da Póvoa” mal
calculada, a barraca tinha assentado arraiais no antro pocilguento do Freixo e abanou – a morcanzoada das outras, das de
praia, mesmo com o penalty da praxe “à la Cosme Machado”, não ia além de um
empate, com cheirinho a partida de carnaval.
Sintonizei novamente a
Antena 1. O contumiliano queirós,
aquele pastelão que todos conhecemos de ginjeira, perorava. Arrastava a voz,
balbuciava uns monossílabos, quase imperceptíveis, dando por vezes a ideia de
grunhidos repletos de uma azia bem carnavalêsca.
O falhanço da liderança
isolada do seu querido grémio deixou-lhes os seus parcos neurónios ainda mais
de rastos.
Depois, vi o resumo do
jogo na Choupana. Cardozo foi impetuoso, mas nunca um acto daqueles pode ser
considerado agressão. Vermelho a Matic um atentado ao futebol.
Agora vou dormir. Estou
cansado de tanta emoção. Depois falarei sobre as aldrabices do “melhor árbitro
do mundo”.
Até lá.
GRÃO VASCO