O de baixo também não cumpre com a medicação
O gingko biloba é uma espécie botânica ancestral, um autêntico fóssil
vivo do extremo oriente que resistiu às terríveis radiações das bombas atómicas
de Hiroshima e Nagasaki, no Japão da 2ª Grande Guerra Mundial, renascendo na terra contaminada e cujas folhas,
segundo a naturopatia e fitoterapia, têm propriedades farmacológicas e medicinais muito importantes.
Hoje, o seu extracto é
comercializado em cápsulas, comprimidos, pó, xarope, tintura e sobretudo em gotas.
Serve para combater a senilidade mental, especialmente a afectação da memória e
a perda cognitiva nos idosos.
Pelos vistos, não faz
efeito na azia (acidez) e na anti-Benfiquite
crónica de alguns marmanjos da nossa praça.
Na realidade, quando hoje
vejo e ouço Ribeiro Cristóvão na SIC e na RR, tento vislumbrar na sua retórica
de cumentadeiro de pacotilha ou no
seu fácies enxofrado, sinais que indiciem se o dito cujo tem ou não cumprido
com a toma das gotas, pressupostamente de gingko
biloba (prescrição habitual nestes casos), no horário correcto, nas vezes
necessárias e nas doses terapêuticas recomendadas.
Ora, o que me é dado
ver, é que o homem continua a disparatar à toa, e então quando se trata de
assuntos do Benfica, até parece que ingeriu uma zurrapa qualquer, tal a
descarga verbal e biliar, rancorosa, precipitada, truculenta, tresandando um
hálito anti-Benfica pôdre e
desconchavado.
Primeiro foi a Taça da
Liga. Que assim, que assado, frito e cozido, dizendo cobras e lagartos,
desvalorizando a competição e o seu desenho, mas nunca apresentando
alternativas. Logo que o Benfica foi eliminado, virou as agulhas, mudando o
discurso, cantando loas ao Braga, não beliscando o torneio.
Depois disso tem marrado
com as exibições do Glorioso, menosprezando a importância da Taça de Portugal,
ou agoirando e arengando como uma coruja velha e decrépita sobre o primeiro
lugar do campeonato e sobre a condição física dos atletas Benfiquistas, ou
ainda tentando amesquinhar a prestação do Benfica na Europa League, tratando
esta competição europeia cada vez mais prestigiada, como se ela fosse a Taça da Malha dos Corticeiros de Alguidares
de Baixo, desvalorizando os adversários, desde a Champions (Celtic, Spartak) até ao presente (Bordéus e Newcastle e
assim por diante).
Ribeiro Cristóvão tem-se
prestado a um triste papel. Protagoniza um velho pateta, ressaibiado, bolçando
uma baba nojenta, exalando um cheiro fétido a merdunça verde e ressequida, arengando patacoadas sem sentido.
A última foi o
cumprimento entre Jorge Jesus e Paulo Fonseca no final do jogo de ontem, entre
o Benfica e o Paços.
Esperei pelas imagens do
fim do desafio para tirar dúvidas e elas foram elucidativas. Jorge Jesus estava
muito atento a algo que se passava dentro do relvado e nem se apercebeu, no
imediato, da proximidade do Paulo. Logo que isso aconteceu, estendeu-lhe a mão,
correspondendo à iniciativa do seu colega, cumprimentando-o, como foi óbvio nas
imagens. Foi uma saudação rápida, fugaz, devido a circunstancialismos diversos,
mas que nada teve de incorrecto ou de grosseiro, até porque o Paulo e o Jesus
se conhecem bem e dão-se normalmente, tendo até o treinador do Paços em outras
ocasiões tecido elogios a JJ.
Cristóvão descobriu aí
algo de transcendental, para preencher os seus comentários com mais umas
baboseiras, mas não houve nada. Só houve sim, o delírio e as manifestações de
senilidade degenerativa e galopante de quem já há muito deveria ter calçado as
pantufas, fazer o devido repouso e os tratamentos adequados em casa, saindo por
exemplo, nestes dias, para apanhar um bocadinho de sol e ver passar os comboios
e as mulas da ordem, aproveitando também para ir à mercearia da esquina comprar
um chá de barba de milho para o ressaibo, uma nova escova de dentes e uma
elixir eficaz para lavar bem a boca.
Mas ao que parece, nem o
gingko biloba nem outra porcaria
qualquer lhe fazem efeito nenhum. É um caso perdido. Incorrigível, sem cura!
Que pena eu tenho do gingko biloba!
GRÃO VASCO