3.10.13

Não há milagres



Todo e qualquer adepto ou simpatizante do Glorioso que faça da derrota de ontem em Paris por 3-0, um drama, está no mínimo, a ser intelectualmente desonesto.

 

Não obstante haver sempre alguns vendedores de utopias e também sempre quem as queira comprar, a realidade não perdôa – actualmente, vinco, actualmente, o PSG é uma equipa de topo no futebol europeu e o Benfica está muito longe, possìvelmente a alguns anos-luz dessa supergaláxia que envolve os colossos Barcelona, Real Madrid, Bayern e aqueles que gravitam muito perto dela – Borussia, Man. United, Chelsea, City, Arsenal e PSG.

 

Não há milagres. Na Champions dos milhões e numa caminhada por eliminatórias, antecedida por esta poule a quatro que é a fase de grupos, poderá haver um imprevisto, um percalço, mas não haverá muito mais do que isso.

 

No actual panorama do futebol europeu, o Benfica e alguns dos seus adeptos poderão sonhar com tudo, até com a Lua, mas no concreto nunca irão passar disso.

 

O jogo do Parc des Princes mostrou as diferenças. O PSG é muito superior. Já a 1ª jornada tinha dado fortes indícios de que o 1º lugar do grupo C seria ocupado pelos franceses.

Por outro lado, o Benfica esteve irreconhecível. Durante a maior parte do desafio a equipa deambulou pela antecâmara do descalabro. Por muito pouco que isso não aconteceu. Artur, Luisão, Siqueira e Cardozo bem tentaram remar contra a maré. Os restantes foram humilhados, banalizados. Não houve, como não tem havido, alegria e confiança, alma e atitude – os jogadores, bem como o seu treinador JJ, parecem gravemente afectados pelo desfecho da época anterior. A identidade anda perdida.

 

Mais a mais, e para tristeza nossa, ontem houve um oito e um oitenta – um super PSG técnico-táctico primoroso e um Benfica amorfo, timorato, sem criatividade nem ambição. Poderá, num futuro, haver um maior equilíbrio – o último jogo do grupo com os franceses na Luz, poderá ser decisivo para a continuidade do Benfica na competição – mas as diferenças estarão lá, sempre!

 

Laurent Blanc, o treinador do PSG está de parabéns. A estratégia que montou para este jogo pulverizou qualquer arremedo táctico, artístico ou floral do seu antagonista.

 

Enfim, um resultado mau e uma péssima exibição do Benfica na Europa, previsíveis e como há muito não se via.

 

Há que seguir e olhar em frente. O caminho é longo e difícl, e há que inteligentemente transpôr os obstáculos e contornar as tempestades que muitos arautos da desgraça apregoam e desejam.

 

No entanto, houve ontem algo já recorrente nalgumas situações - o Benfica e muito particularmente os jogadores e o seu treinador nunca poderão ter MÊDO!

 

 


GRÃO VASCO



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