3.1.16

A Águia Real e as alucinações do burro



Se La Fontaine fosse vivo e tivesse assistido ontem, em Guimarães, ao jogo entre vimaranenses e Benfiquistas, teria muito que contar.

Renato Sanches e sérgio conceição, actores num palco temível e violento, bem poderiam ter sido os personagens principais de uma nova fábula do escritor francês -  “ A Águia Real e as alucinações do burro”.

 

Guimarães é um reduto tradicionalmente difícil para o Benfica, mas isso nunca obstou a que num número significativo de vezes o seu castelo acabasse por ser conquistado pelos “magrebinos” da mouraria lisboeta. Já lá vi muitos 1-0’s a favor do Glorioso, como por exemplo um mais recente, o da cabeçada do Ramires no nonagésimo minuto de jogo ou um outro, já na longínqua época de 1977, no tempo de John Mortimore, em que num dia chuvoso e numa peleja tremenda, Bastos Lopes sentenciou a partida aos 78 minutos.

 

O jogo de ontem não fugiu à regra. Onze xaropados, equipados de branco, correndo como nunca, batendo com violência como se não houvesse amanhã, numa batalha sanguinária em que só não valeu arrancar os olhos dos jogadores Benfiquistas. Mas desta vez, o xarope vitoriano, feito algures numa floresta nos arredores de Vimaranis num caldeirão de um qualquer druída contratado em Braga, só durou 70 minutos. Depois foi o diabo – o oxigénio da botija esgotou-se e Renato Sanches, um Águia Real como há muito não se via nos céus da Luz, em vôo picado, disparou tamanho balázio mágico, qual duende que transformou sérgio conceição num burro de grandes orelhas com mau perder, zurrando à toa, desalmadamente.

 

Com este espécime foi assim na época passada ao serviço do sp. braga, quando sob a complacência e a cumplicidade vergonhosa do despromovido apitadeiro Marco Ferreira, orientou uma pandilha de trauliteiros que do princípio ao fim bateram e agrediram em tudo o que fosse Benfica. Jonas que o diga! E ontem foi mais do mesmo. Um despautério incrível desde o início da partida, com os jogadores vimaranenses a tentarem intimidar de todas as formas os jogadores Benfiquistas, com agressões, provocações e picardias.

Se o apitadeiro “os tivesse no sítio” e fosse a isenção a sua principal qualidade, tinha expulso pelo menos dois jogadores vimaranenses logo no início do jogo, tal a violência das suas agressões recorrentes sobre Jonas, Gaitán, Renato & Cia.

 

Conceição é medíocre. Em tudo. Na vaidade, na presunção, na postura. Contra o Benfica, tudo isto nele cresce de forma exponencial. Aquele golo monumental do novo “pérola negra” do Benfica provocou-lhe um azedume indescritível fazendo-o espumar de raiva.

 

Queixa-se de Xistra? Da sua dualidade de critérios?

Arenga que o Vitória de Guimarães esteve por cima do Benfica?

 

Podemos ir buscar o fim dessa suposta fábula de La Fontaine e concluir:

- “E o burro, mentiroso, zurrou, zurrou, zurrou até mais não poder, agastado pela derrota, justa e inapelável!”.

 

 

GRÃO VASCO


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