(clicar para ver melhor)
- Ignácio, toc’ó bicho!
– ordena Barrote de Carvalho.
O lacaio, bem mandado,
inicia as hostilidades, arengando mentiras e patacoadas. Destrambelhado, a
roçar a paranóia anti-Gloriosa, não pára, continuando a esgalhar, arfando como
um galgo de corrida.
Rodo o botão e oiço
imediatamente um grito de Barrote de Carvalho:
- Roc, larg’ó tinto e toc’ó bicho!
Este, já bêbedo, com a
voz entaramelada pela graduação do néctar, exala uns quantos vapores etílicos,
arrota umas postas fritas de pescada congelada e começa, também ele, a esgalhar
sem dó nem piedade nos Gloriosos Lampiões, esses malandros xistrosos.
Avanço para a estação da
boiada. Oiço um som parecido com um peido sêco. É o avejão do Freitas a
agradecer “às fontes”. Logo a seguir é servido um catering e uma voz ainda um pouco azeda de alguns pecados velhos
ecoa pelo estúdio vinda dos bastidores.
- Zé, toc’ó bicho e não páres! Mostra ao vesgo e ao
mostrengo azul e bronco que quem manda sou eu, Barrote de Carvalho!
A masturbação é total, o
orgasmo é que não! Tudo em nome de Barrote, o querido líder do lagartêdo do fôsso. Felizes, de pança cheia
de bazófia, mas tesos que nem uns carapaus. Barrote manda tocar ao bicho e toda a gente toc'ó bicho!
A banda filarmónica do
Toc’ó Bicho está em todas as TV’s. Nem o “The Voice” lhe chega aos calacanhares.
A música é toda a mesma, como se fosse uma ladaínha decorada e ensaiada nos
corredores do grémio de Barrote. É a música da mentira, da insinuação, da
difamação, do embuste, da trapaça – é o Çeportèn
Lagartêdo do Fôsso em todo o seu esplendor, numa estratégia comunicacional
concertada e copiada integralmente do nacional-socialismo hitleriano, com
Goebbells sempre presente, retratado na ridícula figurinha octaviana de um traste baixo e feio, também coxo, cópia actual e
fiel do ministro da propaganda nazi. Só lhe falta o boné, a farda e as botas de cano alto bem engraxadas, de cabedal preto. Um miserável sectário, faccioso, provocador de
confrontos e coacções, sempre pronto a tentar tirar dividendos da podridão e da
lama. A seguir surgem os esbirros, todos da filarmónica do toc’ó bicho. São os “cães-de-fila”
que sempre que a caravana passa, ladram a mando do seu dono. O seu lema é, “Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma
verdade”.
Hoje à noite será mais
do mesmo. É o “dia seguinte” a
domingo e lá estará em exibição a prosápia do professor Ludovico Alves, com a cumplicidade manhosa da equipa liderada por
um lagartinóide encapotado que de uma
forma súbtil tem feito a apologia da doutrina anti-Glorioso. No outro chafurdo
televisivo, estará outro alucinado. Um careca, de barba e bigode, aos pinotes e de megafone em punho, bolçando
um chorrilho de parvoíces ditadas por um computador. Um cabulão que não pensa
por si, mas sim por aqueles que lhe dão dicas pela internet. Um autêntico estafermo. Um tonto disfarçado de palhaço
humorístico, revestido com as primeiras páginas de “A BOLA” e com as parangonas
sobre o Glorioso escarrapachadas na sua fronha. Já as do lagartêdo, como é óbvio, escondê-las-á atrás da sua dorida peida
leonina, pois “skenderbeu”, “sp. braga” e “união da madeira” são sodomias demasiado obscenas para serem
mostradas naquela rubrica futeboleira.
Só falta o solista. O hipocritazita-mór.
O “je suis merde”. O jornalista anão.
O impoluto da “verdade desportiva” que
paradoxalmente faz dela uma farsa. Esse não toc’ó bicho mandado. Bate umas punhetas
solitárias, à descarada e sem contradita. Tem uma agenda própria mas que
coincide com a de Barrote. É o mesmo brilhantina
santolas de sempre, que se diz isento, mas que todo o mundo sabe que é uma
verrinosa e velhaca lagartixa anã. Um gajo mesquinho que se ri alarvemente do
Glorioso ao domingo e que mente sobre ele à terça-feira.
Toc’ó bicho, toc’ó bicho,
Toc’ó bicho sem mêdo!
A canalhice é connosco,
Somos a banda do lagartêdo!
Quando é que a banda vai
ao ar?
Têm a palavra os Gloriosos
das camisolas berrantes .
GRÃO VASCO