“Há milhões de anos, um grande meteoro colidiu com a
Terra, originando aquilo a que hoje chamamos o Golfo do México, provocando a
extinção em massa de 95% dos organismos vivos”.
Ontem, um outro,
vindo do México, o meteoro “Raúl”, caiu no velho Calhabé, rasgando as entranhas
da baliza da Académica, provocando num só momento a destruição do anti-futebol.
Estádio Cidade de
Coimbra, 20h e 27’ da noite de sábado, 9 de Abril de 2016. Decorre o 85º minuto
do jogo Académica-Benfica.
Um cataclismo com
epicentro no local varre todo o território continental e ilhas, bem como toda a
Diáspora Benfiquista espalhada pelos quatro cantos do mundo. Todos os recantos
lusófonos, e não só, exultam de alegria!
Dá-se uma enorme
explosão. Raúl Jiménez faz um golão!
Todo o Benfica
rejubila!
Quarenta triliões de
decibéis perpassam pelas montanhas e planícies de Portugal!
A onda de choque
provocada pelo pontapé meteórico de Raúl Jiménez varre completamente o estádio
dando várias voltas ao planeta passando pelos seus lugares mais recônditos onde
existe um Benfiquista!
Um balázio à
velocidade cósmica!
Todo o mundo pôde
assistir a algo que está longe de fazer parte do futebol – uma Académica sujinha,
cheia de manhas e truques na manga, sem categoria, tentando recorrentemente
trapacear um jogo em que só a vontade, o talento, a garra elevados à máxima
potência por um Benfica generoso e de uma entrega total, fez com que o futebol
vencesse e sobrevivesse.
Quando as redes de
Trigueira abanaram, quando o chão estremeceu, quando as bancadas exultaram, a
máscara do anti-jogo caiu. Trigueira, um guarda-redes farsante, que ao longo do
desafio, se divertiu com as suas quedas e simulações, espolinhando-se
vergonhosamente pelo relvado, nem a viu! Zás, está lá dentro!
Jonas, com o seu
jeito peculiar, lá foi ter com ele, segredar-lhe:
- “Olha rapaz, bem podes espolinhar-te outra vez e até ao
fim do desafio. O tempo, a partir de agora já corre a nosso favor… e não te
esqueças também, de dar o recado a alguns dos teus colegas…”
Académica? Ao fundo!
Treinador, presidente
e restante comitiva academista bem podem atirar-se da ponte do Açude ao rio
Mondego e limparem-se da porcaria que fizeram durante 98 minutos. Mas por
favor, não dêem cabo das lampreias como deram cabo do jogo, proporcionando um
espectáculo deprimente, ao exibirem um anti-futebol dos tempos da Idade da
Pedra.
Nos dias que
precederam o desafio Filipe Gouveia, essa luminária futeboleira, nada e criada
no bairro de Massarelos, à Palermo
portuguesa, desatou num discurso rasca e pouco abonatório. No fim,
pateticamente e demonstrando um azedume intragável teve o desplante de dizer
que o “Benfica teve sorte”.
Ó Filipe Gouveia, vai bardamerda!
Para a história fica
o Vitória e a vitória clara e justa do Benfica.
Foi uma grande
vitória, sim senhor!
Viva o Benfica!