O final do campeonato aproxima-se
vertiginosamente e com ele aumentam as emoções.
Ontem, a Luz exultou novamente. Mais de
60.000 adeptos gloriosos vibraram com o golo de Jardel, indignaram-se com o anti-jogo
da equipa vimaranense e saudaram finalmente “Os Bravos do Pelotão” por uma
vitória difícil mas indiscutivelmente justa.
Antes do mais, uma referência particular a
Rogério Azevedo do jornal A BOLA. A sua crónica sobre o jogo é incompleta e
distorce em diversas vertentes algumas realidades do jogo e como ele decorreu,
com uma alusão final vergonhosamente parcial e levemente persecutória em
relação ao árbitro Bruno Paixão.
Rogério Azevedo pode aludir ao sistema
ultra-defensivo do Vitória de Guimarães, pode destacar o desgaste físico de
alguns jogadores do Benfica, pode falar em secura de golos de Jonas e
Mitroglou, mas falta-lhe o essencial no seu pobre arrazoado – o anti-jogo
permanente e a recorrente traulitada de um grupo dito de “profissionais da
bola” que jogaram desta vez como se não houvesse amanhã, que ao décimo segundo
jogo sem ganharem se lembraram que teriam de jogar com o máximo empenho, que
durante a 1ª parte do jogo reduziram o mesmo a menos de 30 minutos de futebol
jogado, tentando quebrar o ritmo ao Benfica através de simulações de lesões,
provocações e contestações, aliando a isto alguma violência, truques baixos e
muita, muita manha. À imagem do seu inqualificável treinador, mostraram um
futebol vergonhoso e rasteiro que só confirma a época deplorável que têm vindo
a fazer e que pareceu resumir-se em tirar pontos ao Benfica no Estádio da Luz.
Quanto à sua análise à prestação de Bruno
Paixão, ao tecer um chorrilho de graçolas sensaboronas e sem conteúdo, ocultou
deliberadamente o mérito de uma arbitragem que soube reprimir a violência
vimaranense, segurando assim o jogo e evitando que o espectáculo se degradasse.
Portanto, nota muito negativa para uma crónica em que os lapsos de memória são
bem patentes. Nove amarelos bem mostrados aos jogadores vimaranenses e que
reflectem o tipo de jogo trauliteiro que é a habitual opção dos vimaranenses
quando jogam contra o Benfica, seja em casa ou na Luz.
Em todas as análises n’A BOLA, exceptuando
a de José Manuel Delgado, nada é referido sobre estes “pormaiores” do jogo de
ontem. Rogério Azevedo e Daúto Fáquirá merecem uma inequívoca reprovação por
este lapso e omissão graves.
A Luz viu, acima de tudo, um Benfica
lutador, tal como Luís Piçarra o canta no “Ser Benfiquista” de Paulino Gomes
Júnior e superiormente entoado pelos indefectíveis adeptos gloriosos presentes
no Estádio. A Luz viu um Benfica inteligente e com suficiente paciência e muito
sangue-frio para conseguir o seu objectivo.
Ganhámos, mas nada está ganho em
definitivo.
Apoiar, apoiar, apoiar, só esta palavra
interessa perpassar, a partir de agora pelas bancadas dos Barreiros, no Funchal
e novamente na Luz, onde só as nossas vitórias se podem constituir como a nossa
meta!
Quanto à equipa do Vitória de Guimarães,
aos seus jogadores, uma referência breve mas importante. Se jogassem sempre
assim estariam em 2ºs no campeonato. O que pareceu foi que andaram a enganar o
clube e quem os contratou, pelo menos durante toda a época até este jogo com
o Benfica. Há quem diga que “havia muito
jogo fora das quatro linhas” até hoje, sábado. Pelo que vi, essa declaração
alagartada e premonitória do inimigo mais asqueroso e mais obcecado que o
Benfica tem actualmente, confirmou-se. O xarope
milagreiro e a mala octaviana
repleta de notas viciadas, “fabricada” num qualquer pomar das redondezas de
Palmela, estiveram presentes no relvado da Luz mas lá tiveram de “voar” para
outras bandas, ao invés dos bons pedaços de carne crua que a Águia Vitória teve
como prémio pelo seu vôo glorioso. Faltou o choro compulsivo dos Arnolds deste
mundo, ontem denominados Otávios, Licás e Josués. E quanto a esse Otávio,
pequenino, que já em Guimarães tinha ferrado uma séria trancada em Jonas,
faltou-lhe ainda a dignidade profissional ao bater palmas a André Almeida, numa
atitude desprezível aquando da expulsão que penalizou o benfiquista. Uma
vergonha, os jogadores vimaranenses!
Por fim, Sérgio Conceição e o seu triste
espectáculo. Antes, durante e depois do jogo. Sérgio Conceição foi-se abaixo!
Mas antes ele que Portugal inteiro! As suas declarações canalhas, o seu abraço
a Bruno Paixão mesmo antes do início do jogo, o espalhafato gestual e verbal ao
longo do tempo em que esteve no banco, a sua recusa em sair do mesmo após lhe
ser dada ordem de expulsão, os minutos perdidos com a sua teimosia, o anti-jogo
por si demonstrado, a fobia em “pontuar” – não de ganhar ou empatar –
significando subliminarmente o retirar de pontos ao Benfica, o seu desrespeito
pelo futebol verdadeiro, elevaram-no aos patamares mais altos da imbecilidade futeboleira. Uma lástima nas atitudes e
no verbo, de jogadores e treinador que foram muito para além dos limites da
decência. Não há desculpa!
Avancemos para os Barreiros!
Até lá.
GRÃO VASCO