Algures
na Palermo portuguesa, há mais ou
menos 50 anos, instruindo-se para ser o rei desse feudo da fruta, corrupção e putêdo, Giorgio,
um andrade ainda incógnito, vendedor fictício de panelas de pressão,
torradeiras, batedeiras eléctricas, fogões a gás e esquentadores, num momento
de fina ironia, largou uma monumental
farpa. Pois nesse preciso instante acabava de nascer pedro marques lopes, morcão dos
sete instrumentos, hoje considerado por alguns, uma luminária
político-intelectual de pacotilha da nossa pobre mas alegre praça, paineleiro incomestível de uma estação
de TV e opinador futeboleiro rasca.
Nem
Giorgio imaginaria que o seu eflúvio fugaz
e rastejante iria dar naquilo que deu. Tinha lançado no mundo um mestre na
construção de falácias, perito em tentar fazer esquecer e apagar aquilo que foi
o maior escândalo nacional de sempre no futebol luso – o Apito Dourado - ao
escrever as maiores barbaridades e insolências sobre o Benfica, ocultando
deliberadamente as desgraças e misérias do seu "brasão”, diz ele, abençoado. Esse brasão corrupto e
provinciano, “abençoado” de tempos em tempos por bispelhos, torgais e outros que tais, plasmado na ligação promíscua
de presidentes com netas, brasileiras em
parte incerta e alternadeiras do calor de todas as noites, pérolas negras e
tabernas de infantes, na inauguração de um prostíbulo fervilhante a 92 graus kelvin (hoje, mais Herrera), em quinhentinhos e silvaninhos, em viagens acalheiradas ao Brasil de três mil e
quinhentos euros para toda a família, em guardas-abéis e macacos, em fugas
aceleradas para Santiago de Compostela, em gavetas da cómoda da casa iluminada da Madalena, em intimidantes e perigosas bolas de golfe,
em foguetório, farfalha, ameaças e desordens draconianas, que surge
semanalmente às quintas-feiras num pasquim desportivo em acelerada degradação.
Deveria ser ele a transportar os valores e princípios de um norte respeitável e
lutador. Mas não. O que arrasta consigo é a acrimónia, o ódio, a suspeição, a
provocação, o achincalho, os complexos de alguém que nunca sairá da cepa torta
e da sua profunda mentalidade labrega e provinciana, mesmo vivendo na capital.
De alguém menor, por não reconhecer a sua real dimensão, circunscrita, por
culpa própria a uma cidade que outros, sem compromissos viciados ou
mancomunados às listas azuis e brancas, tentam redimensionar e projectar no
panorama nacional internacional.
Pml, num artigo a transbordar
de azia, referente ao empate de domingo com sabor a derrota, não consegue
disfarçar as suas amarguras e como sempre, lá vem bolçá-la e descarregá-la no
seu ódio de estimação – o Benfica – incapaz de reconhecer erros próprios e deslizes
comprometedores resultantes de uma sofreguidão louca dos jogadores do seu
grémio que lhes tolheu o discernimento e a competência só ao alcance dos
verdadeiros tricampeões, que através de Lisandro deixou aquela turba de morcões
azul e bronca e o próprio pml
completamente anestesiados por umas boas semanas!
Foi
isso que aconteceu em Palermo…nada
mais!
Mas
pml lá vai continuando a afinfar no
bombo ou a esgadanhar na sanfona; e foi no mínimo anedótico, vê-lo agastado e
despeitado no domingo passado na SIC N, vomitando as alarvidades habituais,
tentando por todos os meios achincalhar e apoucar o Benfica e a sua equipa de
futebol, recorrendo a desculpas esfarrapadas, atirando as culpas do insucesso
do seu grémio para a arbitragem que durante trinta anos lhe prestou uma vassalagem
mais do que pornográfica. É preciso ter cá um descaramento…
Infelizmente
para ele, teve um contraditório (Telmo
Correia) de peso, que de uma maneira simples e urbana o colocou subtilmente
en su sitio - uma qualquer sarjeta infecta do Freixo e a respirar com
dificuldade pelo nariz. Pml foi
ordinário e grosseiro. Desrespeitador e ofensivo para o Benfica. Imperdoável.
Não satisfeito com essa triste figurinha, ao nível de um carroceiro amacacado e
submundano, azedo por um empate que lhe soube claramente a derrota, aludindo jocosamente
até, ao tempo glorioso do Grande Benfica na Europa, em que mais uma vez tentando
apoucá-lo, se referiu a esses anos como ”o
tempo das chuteiras com travessas” – a estupidez, a ignorância, o seu
anti-benfiquismo são tais que lhe toldam o conhecimento e o rigor, pois nessa
altura e por uma questão de verdade de factos já os jogadores do Benfica usavam
pitons – porventura pensando que
nessa época os jogadores do seu querido grémio eram uma espécie de Canelas da
actualidade e assim se equipavam, ou então supondo que as chuteiras de travessas
não faziam parte do equipamento de um jogador de futebol. Foi uma vergonha e só
se calou e embuchou quando o seu contraditório lhe disse que se quisesse recuar
no tempo não fosse tão longe e falasse desde logo no Apito Dourado. Remédio
santo. Acabou a triste e complexada lengalenga que até aí vinha arengando.
Como
desavergonhado que é, lá veio na sua coluna de 5ª feira arengar outra vez, qual
carpideira nazarena - que o ”Benfica foi
tão só medíocre”, que “o Benfica é
grande com os pequenitos e pequenito com os grandes” e finalmente que “O Benfica é uma equipa pequenota”.
A
sua escrita suja, rasteira não consegue passar disto. Uma canalhice grosseira
que revela mau perder. É sempre assim, seja pml
ou o macaco da Ribeira. Está-lhes no
sangue.
E
ele sim, tão pequenote que é! Tão pequenote que até coube entre o polegar e o
indicador do Telmo Correia!
Enxerga-te,
pá, enxerga-te e olha para o miserável estado em que a tua trupe dirigente tem
deixado o teu “brasão amaldiçoado”!
GRÃO VASCO