Depois
da algazarra no balneário do Besiktas em relação ao sorteio da fase de grupos da
Champions League em que os jogadores liderados por Ricardo Quaresma e Talisca
exultaram por lhes ter saído o Benfica, considerada pelos próprios como o
cabeça-de-série mais fraquinho e acessível, com os deploráveis rabiscadores da
comunicação social desportiva e generalista a entrevistar quase diariamente
Quaresma - enchendo os jornais com parangonas das quais se destacou a célebre
frase “Eu amo jogar contra o Benfica”
- e a endeusá-lo após o recente empate-recuperação de 3-3 com o Benfica em
Istambul, sendo visto como uma grande vitória da equipa turca, esquecendo-se de
que o Besiktas teria de jogar ainda no gêlo de Kiev, eis que os seis graus
abaixo de zero surgiram como a temperatura que congelou toda aquela bazófia
otomana.
Quaresma
desapareceu literalmente naquela tempestade fria num dia que não mais vai
esquecer. É que seis a zero é realmente muito pior do que amar jogar contra o
seu ódio de estimação. Perdeu e bem. O estrondo da eliminação em detrimento do
Benfica perdurará na memória de Quaresma quase como um castigo divino.
Assim,
para amenizar esse azedume, os seus amigos ciganos resolveram dedicar-lhe uma
canção que passará a substituir o hino da Champions
League no Besiktas Arena quando
Quaresma entrar em campo – “Odeio jogar
contra o Kiev”.
Lindo!
GRÃO VASCO