E
foi assim na TV!
Num
momento absolutamente deprimente, em que mais um morcão azul e bronco disse mal
da vida.
O
tempo das vacas gordas, daquelas que os árbitros escolhiam no Calor da Noite,
na Taverna do Infante e na Pérola Negra, já acabou há muito tempo. O Apito
Dourado pifou e o velho peidorreiro tem as canalizações todas rotas.
Nada
melhor do que competir no Festival do Morcão. Aí sim! Aí poderão ganhar
qualquer coisinha. Desta vez tocou o 1º prémio a um primata descendente de um pró-símio do Cenozóico. E melhor do que
ninguém, bolçou azia a rodos com recurso aos seus sons guturais que precederam
o canto verdadeiro da era actual. Azia essa que foi o mote principal para a
letra que exprime o sentimento de quem tem levado forte e feio no bestunto.
Não
têm emenda, esta corja de morcões azuis e broncos!
Aqui
fica registado o poema da canção vencedora.
“SÓ AZIA”
DESGRAÇ’APÓS DESGRAÇA,
VOU DIZER-VOS O QU’EU
ACHO,
JÁ’STOU HÁ MUITO TEMPO,
SEM METER A MÃO NO
TACHO!
CHORO E BERRO SEM
RAZÃO,
E ADORMEÇO NO TRABALHO,
‘TOU’ DE JEJUM HÁ
QUATRO ANOS
E C’UM’AZIA DO C*R*LH*!
PODEM CHAMAR-ME GORILA,
OU QUE TENHO AR DE
BODE,
MAS SÓ UMA COISA ME
OFENDE,
É QUANDO O BENFICA ME
F*D*!
GRÃO VASCO