A
realidade é esta e ninguém a pode negar.
O
vídeo-árbitro não é um vídeo. São dois árbitros que emitem a sua opinião
baseada nas imagens televisivas em repetição.
A
subjectividade e a dúvida estarão sempre presentes, mesmo nos lances dos off sides. Só no caso de o esférico poder
ou não ultrapassar a linha de baliza é que a definição será totalmente
esclarecedora.
A
introdução urgente do vídeo-árbitro, tão apregoada pelos pseudopaladinos da
verdade desportiva – até foi feita uma aliança espúria das gajadas do lagartêdo e do putêdo - já começou a fazer os seus efeitos, mas neste primeiro
caso, em claro prejuízo do Benfica pela falta de coragem demonstrada por Jorge
Sousa e Artur Soares Dias para alterarem erros crassos - pelo menos dois penaltys por marcar contra o Vitória de
Guimarães - do árbitro do desafio, Hugo Miguel, branqueando assim uma decisão
que mereceria da parte do tal “vídeo-árbitro”, imediata correcção.
Relembro,
para os mais “ceguinhos”, que Jorge Sousa há um bom par de anos marcou uma
grande penalidade em Aves, num Desportivo das Aves-Benfica, em que Karagounis, dentro
da sua grande área junto à linha de fundo foi penalizado exactamente por ter
caído e na queda ter tocado no esférico com o braço com que se apoiava no relvado.
Mas desta vez, Jorge Sousa, “tá queto”!.......
Pois
bem, se em vez desta dupla fascinante de apitadeiros estar algures – em local
não revelado pela FPF – estivessem com a sua tia-avó, muito possivelmente veriam,
tal como ela viu, a grande merda que Hugo Miguel andou a fazer durante todo o
jogo da final da Taça de Portugal, em notório prejuízo do Benfica.
Mas
tudo cantou hossanas ao vídeo-árbitro. Desde os papagaios da classe política
até Duarte Gomes n’A BOLA de hoje, em que de uma forma que eu considero corporativa
e desonesta intelectualmente, tentou por todos os meios justificar o
injustificável. A defesa obcecada por esta inovação tecnológica tem destas
coisas, mas quando suceder o contrário e o feitiço se virar contra o feiticeiro
ou seus aprendizes, não venham com as tretas de que para além do vídeo-árbitro
também terá de haver necessidade de usá-lo segundo as conveniências de
circunstância.
Ora
porra para o vídeo-árbitro!
GRÃO VASCO