O
jornal do Serpa dos croquetes
cavalgando na onda dos sucessivos enxovalhos ao Benfica, traz na sua edição de
hoje uma entrevista com um traste que escovava os dentes enquanto ia buscar
campeonatos ao supermercado e que alarvemente culpou o Benfica de não ter
vencido um quarto campeonato seguido por cauda de um túnel…
Despudoradamente
mostrou mais uma vez o quanto o Benfica lhe está atravessado nas goelas.
Habituou-se mal e já não quer outra coisa. Ganhar campeonatos pelo grémio da
fruta corrupção & putêdo não custava nada. Os túneis faziam o trabalhinho
todo e assim nada como recordar esses tempos tenebrosos através de uma crónica
sempre actual nestes casos e que publiquei neste espaço em 30 de Setembro de
2010 com o título [O túnel da “Madalena”].
Ora
então aí vai,
O túnel da “Madalena”,
cujo início da construção data de meados da década de 80 do século passado, é
uma cópia fiel, mas muito mais refinada, de um, bem mais antigo, o das Antas -
esse túnel tenebroso onde se simulava a sodomização dos árbitros e que foi um
altar de mêdo, boçalidade, coacção e violência.
Um túnel apetrechado
com um sistema de fios condutores “com tecnologia de ponta”, onde todas as
chamadas telefónicas partiam ou chegavam à cabine controleira de Giorgio.
Augusto Duarte e
António Araújo, suspeitos aventureiros da noite, atravessaram-no, seguindo
sempre, sempre em frente, e numa escuridão total, sem um único clarão,
trouxeram do seu interior o envelope mágico, uma simples folha de papel que à
luz do dia se transformou em cinco notas de quinhentos euros.
Jacinto Paixão, José
Chilrito e Manuel Quadrado provaram no lusco-fusco desse túnel, os sabores de
sexo oferecido, numa volúpia louca e corrupta de triste desfecho.
Martins dos Santos, ao
palmilhá-lo com subserviência durante anos, teve a sensação premonitória de que
iria apitar o jogo inaugural no novo antro de Giorgio e foi-lhe feita uma
revelação extraordinária – seu filho Daniel iria receber um relógio de ouro. Enxovalhou-se.
Carlos Calheiros, em
classe turística, passou pelo túnel, pela Cosmos e pelo Brasil em velocidade
supersónica, disfarçado de José Amorim. Primeiro sem factura/recibo, paga pelo
grémio dos seus amores, depois desacreditado, exigindo-a!
José Guímaro descobriu
ali a sua mina de ouro e os seus famosos quinhentinhos. Ninguém o “segurou”.
Pagou o seu atrevimento com uma estadia na cadeia. Os falsários safaram-se!
Francisco Silva
encontrou no túnel a grande desgraça da sua vida.
Por lá passaram, José
Silvano, Soares Dias, Rosa Santos, Isidoro Rodrigues, Donato Ramos, António
Garrido e muitos, muitos mais, com muitos bons resultados!
Na sua antecâmara,
ainda toca uma “orquestra” bem afinada de observadores de árbitros, recrutados
no tempo em que os títulos eram comprados em supermercados de fruta, segundo
Ferguson.
Um túnel que foi
percorrido por José Pratas, aterrorizado, a galope e em marcha-atrás, acossado
por uma matilha furibunda de cães selvagens.
Hannah Danielle,
Cláudia Cristiano e Celina Fonseca, à época, três prostitutas brasileiras, hoje
em parte incerta, algures no Brasil, aí sentiram, no meio de alcovas, entre e
contra as paredes e no próprio chão, o convidativo odor do dinheiro fresco do
poder corrupto em troca dos seus quentes e íntimos favores.
Carolina Salgado ali
teve de chupar, engolir e aguentar as diatribes e a malina fétida das bufas e
peidos de seu amante e senhor, enquanto a grana …fluiu pelas gavetas da
mobília.
Bobby & Tareco
também lá marcaram o seu território. O papagaio cavou!
Filomena Morais também
passou pelo túnel da “Madalena”. Duas vezes. Perdeu-se. Nunca chegou a dar com
a saída.
A última que lá entrou,
com a alcunha de “A Neta”, teve direito a um apartamento de quatrocentos mil
euros e a uma princepêsca “pensão de sobrevivência” retirada dos parcos
proventos de um velho careca!
Muitas mais entraram.
Nunca ninguém soube como saíram.
Lourenço Pinto, Gil
Moreira dos Santos, “O Macaco” e os “gangs ribeirinhos” deram-lhe uma dimensão
jurássica, transformando-o num sinistro buraco negro à escala planetária, bem
acolitados por Pôncio Monteiro, Sardoeira Pinto e Gonçalves Pereira, que aí
tiveram uma visão apocalíptica dos seus esqueletos fossilizados.
Um túnel com dois
sentidos que liga os Mortáguas e afins à UEFA e vice-verso, via Palermo.
Um túnel projectado até
ao Vaticano, que ludibriou o Papa e os seus conselheiros.
Carlos Pereira Santos,
conhecido nos meios jornalísticos como a “Arrastadeira de Leça” num assomo
telepático, despiu a sua subreptícia capa de editor-chefe e como
filho-do-dragão, passou por lá, cantando loas ao “professor” Jesualdo,
escarnecendo de Eusébio e do Benfica, e publicitando detergentes e shampôs do
tempo da “Maria Cachucha”.
Sousa Tavares tem no
túnel o seu vomitório preferido.
Manuel Serrão, numa das
galerias adjacentes ao túnel, em alarvidades teatrais encarna um pró-símio do
Cenozóico.
Rui Moreira e Guilherme
Aguiar transportam painéis negros e opacos para a galeria principal, limpando e
branqueando de lá, o lixo que os outros produzem.
Dizem que em dias
gloriosos e radiosos, aparecem nos fundos daquela autêntica catacumba
submundana, figuras fantasmagóricas – Abel “O Guarda” e “sus muchachos”.
Ouvem-se rajadas de metralhadora…
Um túnel onde o
contrabando de marfim, bolas de golfe e cápsulas amarelas “polvorentas” fica
impune.
Um túnel de contornos
medonhos, com ôgres afonsinos de feições bexiguentas.
Um lugar do outro
mundo, onde se ouve a voz cavernosa do Cartola, segundo um Giorgio em versão
mediúnica.
Um túnel onde é intenso
o “calor da noite” e onde vigílias provincianas se assemelham a conspirações de
marginais e criminosos.
Um túnel abafado, onde
os ecos transportam as declamações labregas de Giorgio.
Um túnel lúgubre, onde
ainda há árbitros “agrilhoados” a gritar pelos pais e pelas mães.
O túnel tortuoso, onde
Olímpio Bento tentou queimar profissionalmente o prof. José António Silva, por
este ser Benfiquista.
Este é o túnel da
“Madalena”.
O túnel onde o clube
condenado por corrupção fabricou campeonatos anos e anos a fio.
Um túnel transformado
em relvados, em ringues, em piscinas e em pistas de atletismo viciadas.
O túnel do sussexo de
Giorgio e seu grémio, o túnel das cuspidelas e das bofetadas, dos tribunais e
das peixeiradas, onde se atropelam reportéres, jornalistas e
pseudo-jornalistas.
O túnel dos capangas e
dos vândalos.
O túnel das amantes,
das prostitutas e das alternadeiras.
O túnel da corrupção!
O túnel onde se esconde
o precioso tesouro do “Apito Dourado”!
O túnel onde o vulgar
cumprimento é - "Tás bom? Ó filho da puta!
GRÃO VASCO
GRÃO VASCO
http://pinceladasgloriosas-gv.blogspot.pt/2010/09/o-tunel-da-madalena.html
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