Desde
que os seus talhos foram vandalizados, Manuel Mota transfigurou-se. O mêdo de
mais represálias – só assim compreendo a sua mudança e atitudes exibicionais - obrigaram-no
a reconsiderar a sua forma de apitar os jogos, particularmente aqueles onde
intervêm o grémio da fruta corrupção
& putêdo e a trupe caloteira do
lagartêdo. Mas não foi só esta alteração que ocorreu. A forma rigorosa, com
recurso a habilidades e manhosices, começou a ditar leis nos jogos em que
arbitra o Benfica. Manuel Mota mudou, adaptando-se aos ditames subliminares que
muitas das nomeações feitas por Fontelas
& sus muchahcos significam. Só não vê quem não quer.
Quando
a sua nomeação para o jogo SLBenfica-Desportivo de Chaves foi divulgada, muitas
dúvidas sobre a sua isenção se colocaram, agravadas ainda mais com a
substituição à última da hora de Malheiro por Bruno Esteves no VAR. Ora aí
estava a tempestade arbitral perfeita para que a Luz, ontem à noite, passasse
por momentos agitados e alguns calafrios. Só não aconteceu este cenário porque
os jogadores benfiquistas com inteligência, paciência, interpretando à risca a
estratégia definida pelo seu treinador, tornaram o que inicialmente aparentava
ser muito difícil, num espectáculo muito agradável, com uma vitória justíssima,
apesar de alguns contra-vapores dos escapes d(a)o Mota e do autocarro de dois
andares vindo de terras flavienses.
Mota
esteve sempre mal, com muita manhosice à mistura. No entanto, tudo isto é
atenuado quando o Benfica consegue com maior ou menor dificuldade ultrapassar
os obstáculos que se lhe deparam em cada jogo.
No
entanto, aos 64’ Manuel Mota ultrapassou os limites da razoabilidade arbitral,
para não dizer honestidade. Alertado pelo VAR Bruno Esteves interrompeu o jogo –
na altura tinha acabado de assinalar um livre perigoso contra o Benfica por
falta de Gabriel curiosamente, na sequência de uma jogada que começou com um
derrube a Pizzi na grande áres adversária – e teve a lata de desenhar com ambas
as mãos o rectângulo invisível no espaço, gesto indicador de que iria analisar
o lance de Pizzi no vídeo. Esbocei um
largo sorriso, pois imaginei e interpretei essa mímica de Mota de uma forma bem
diferente e que significaria na minha óptica o envio em directo de uma mensagem
inteligente para os supermorcões da
Ribeira da Palermo portuguesa e também para o lagartêdo que para mal dos seus pecados tinha pouco tempo antes sofrido
mais um espalhanço nas cascas de banana da Madeira:
- “Eh pá! Vejam lá, não
me f***m outra vez as montras dos meus talhos, que a cia. de seguros já não
está disposta a entrar em mais despesas indemnizatórias!”
Manuel
Mota tinha amplas razões para ficar apreensivo com o decurso do jogo e do
resultado. O Benfica ganhava tranquilamente por três a zero e o que ele tinha
conseguido “por conveniência” até àquele momento para o Desportivo de Chaves,
tinham sido uns livres manhosos e duvidosos, descaídos nas laterais entre o
meio-campo e a grande área do Benfica praticamente nos primeiros minutos de
jogo. Neste jogo o Benfica não lhe deu as abébias que tinha dado em Portimão,
onde Mota de uma forma exemplar cumpriu com os desígnios subreptícios dos seus
chefes.
Mas
na realidade, o equívoco era meu. Mota iria mesmo debruçar-se sobre o vídeo e
sobre o lance em que Pizzi, dentro da área adversária levou à vista de todos,
duas pantufadas nos pés, mal tendo tempo para respirar. A evidência do lance foi
tão flagrante que obrigaria Mota a puxar o filme bem atrás, anulando toda a jogada
subsequente que tinha paradoxalmente culminado com o tal livre perigoso contra
o Benfica.
Ora
aqui é que a porca do talhante torceu o rabo. Com a verdade desportiva a
prevalecer, Mota marcaria penalty
contra os flavienses e teria anulado toda a jogada consequente a partir desse
lance. Mas não. Mota quis mostrar a quem de direito que está aí para as curvas
e ignorou por completo o lance faltoso do derrube a Pizzi, livrando-se de
sezões e evitando mais uma vez ser conotado com o Benfica, uma imagem de que se
foi progressivamente livrando ao fazer arbitragens vergonhosas em benefício do grémio da fruta a norte e do lagartêdo a sul.
O
que é certo e sabido é que as montras dos seus talhos nunca mais foram partidas
ou vandalizadas.
Mas
houve alguém que das bancadas da Luz, alto e bom som lhe gritou:
-
Ó Mota, Mota, não faças batota!
Por
fim, salientar o facto do Benfica não esquecendo os talhos do árbitro, não o
ter feito por menos – trouxe mais três importantes pontos, um bife do lombo
(golo do João Félix), duas costeletas do cachaço (golos de Rafa e Seferovic) e
um teclado de entrecosto (golo de Jonas). Ossos, fígado e aparas ficaram para o
tal de Fernandes, filho de outro Fernandes e que veio à Luz em camionete
alugada de dois andares para perder por poucos.
Avancemos!
Entretanto, a mensagem dos dois "agentes secretos" que foram ao balneário do árbitro Jorge Sousa no final do Vitória Guimarães-corruptos, já ditou quem irá ser o apitadeiro para o jogo de sábado...