A
pergunta era óbvia.
Quem
é esta criatura?
Quando
me mostraram esta sua foto e as declarações que proferiu sobre o acto criminoso
de que foi alvo o autocarro do Benfica e a viatura presidencial com toda a sua comitiva
– presidente, dirigentes, técnicos e jogadores – ao fazer a aproximação ao
estádio onde iria disputar mais um desafio de futebol, após uma breve pausa e
olhando para a sua fisionomia simiêsca, muito embora se apresentasse de fato e
camisa, trunfa aparada, face depilada e com um ar angelical, não tive dúvidas.
Este ser não é deste mundo, veio de outra galáxia, muito provavelmente do
Planeta dos Macacos!
Não
creio que um humano, na posse plena das suas faculdades mentais, integrado
socialmente e com o comportamento baseado nos princípios mais elementares da sã
convivência e do respeito pelos direitos e liberdades das pessoas, tenha
proferido um discurso inqualificável de instigação ao ódio e à violência, justificando
de uma forma demencial e animalêsca as acções criminosas de que foi alvo a comitiva
do Benfica na cidade Invicta, muito perto do local onde a sua equipa iria
disputar esse jogo de futebol.
Possivelmente,
nessa terra longínqua, esta postura, este discurso, este comportamento, farão
parte do quotidiano social deste tipo de criaturas. Até mesmo a forma como este
alienígena futeboleiro surge em frente às câmaras de televisão é algo de inexplicável.
Entretanto
fui alertado que também no nosso planeta há um local povoado por uma raça de macacos e que
provavelmente terá uma relação directa com o aparecimento deste alienígena. Na
Ribeira da Invicta prolifera uma raça perigosa que tem feito da cidade um burgo
inseguro com muitas ligações a um submundo onde vale tudo.
Será
que esta criatura é mesmo um alienígena e partilha algo em comum com essa
tenebrosa macacaria?
O
que há é sempre a possibilidade aquando das suas incursões pelo universo
futeboleiro, de lhe cair em cima da cabeça um meteorito proveniente de outra
galáxia…
É
que do “pôr-se a jeito” até ao “provar do seu próprio veneno”, vai uma
distância muito curta.
GRÃO VASCO