Mais ruga, menos
ruga, o tempo não perdoa. É excedentário, mas mais dez meses pagos a pêso de
ouro, pelo menos, já ninguém lhos tira. Vida de príncipe dizem uns, vida danada
dirá o homem e o seu séquito, especialmente quem o tenta rejuvenescer para o
tempo que lhe resta de contrato.
A verdade é que com
ou sem rugas e não obstante a consecução de pequenos êxitos, o homem continua fiel a si próprio e às suas convicções e teimosias,
nem que elas estejam por demais obsoletas e indiciem um défice de comunicação e
raciocínio. Mas falta-lhe aquele
toque de classe e de categoria, faltam-lhe aqueles rasgos de talento e
sabedoria dos grandes momentos, que distinguem um mediano de um eleito.
Ontem o Benfica
demonstrou frouxidão e muitos desequilíbrios, com jogadores enervados, a
acusarem notòriamente a responsabilidade de um jogo de alta voltagem. E para
espanto geral, alguns deles, muito embora já com a experiência da época passada,
dando a noção de não saberem o que é jogar no Benfica e no Estádio da Luz, perante
mais de 50.000 adeptos.
E não venham os
teóricos das técnicas e das tácticas – nem sequer é este o teor do post – acenar com a bandeira negra do
Melgarejo, os mesmos que excomungaram o Emerson. O jovem paraguaio lutou com
tudo o que tinha e a haver um ónus para essa escolha, uma estapafúrdia solução
– um sonho em que proliferam Coentrões às pazadas – terá de ser pago por quem
não quer ver o óbvio.
É como disfarçar as
rugas – o equívoco pode não estar visível, mas ele está lá e por um
imponderável qualquer surge o golpe de teatro.
E ontem aconteceu
novamente.
- O Coentrão não está no Real Madrid à custa
de uma invenção? Não há vitórias, não há títulos, mas vende-se bem e ganham-se
milhões! – atira o “mestre”, justificando-se.
E os adeptos?
Assistem à venda.
E o Benfica?
Vende, mas não ganha
nada.
E por fim, uma disparatada
conferência de imprensa pós-jogo. A de pré-jogo tinha sido já outro desastre.
Como é possível elogiar um ladrão que roubou escandalosamente a vitória ao Benfica,
invalidando-lhe um golo limpo e que até foi marcado por jogadores adversários?
É que um Benfica como
o de ontem, àquele nível, só poderia proporcionar aquela “bela” exibição de
Artur Soares Dias, sem dúvida a figura do jogo.
O Benfica jogou
pouco, os “brácaros” com a ronha de sempre, assim-assim e Artur Soares Dias fez
o resto - um “jogão”!
Avancemos para
Setúbal no Mercedes do Bitó dos pífaros,
prenda do patrão da Sport TV, o famigerado “Murdoch
de Penafiel”…sem esquecer o bafo do Cardozo que provocou a invalidação do
golo da vitória ao Glorioso e a salvação do Beto na baliza dos “brácaros” –
será que o Quim irá rosnar como rosnou quando deixou de ter lugar no Benfica? –
os cartões amarelos ao avançado paraguaio e ao Maxi, e o perdão da expulsão
mais do que óbvia ao farsante das tranças pretas, mesmo a acabar o primeiro
tempo.
GRÃO VASCO