16.12.12

Uma imperdível mosca corrupta



Esta noite, em que o Benfica com uma exibição de grande categoria aviou o Marítimo com mais quatro sêcos, sem o trombalazanas do Pedro Martins, treinador dos ilhéus, ter tido o atrevimento de beliscar uma vitória limpinha, liguei a TV para visionar um resumo do que li e ouvi.

 
 

 


Fantástico!

 
 

 


Todos os canais por cabo das principais estações - SIC notícias, TVI24 e RTPinformação estavam sintonizados na análise ao jogo entre o Benfica e o Marítimo.

 
 

Na SIC notícias o cenário era o de um autêntico velório – Rita & Cistóvão, dois lagartinóides convictos, participavam mais na carpidura ao seu çeportèn na Madeira do que pròpriamente na análise ao jogo da Luz.

 
 

Cristóvão provàvelmente e já há algum tempo que deixou de tomar as gotas obrigatórias que o mantinham mesmo assim num precário estado de lucidez, nada mais fez do que perorar uns monossílabos bafientos com notória azia anti-Benfica. Rita, atolado no fôsso de todas as desgraças, balbuciava uma cantilena gasta, numa desesperada tentativa de manter o pescoço de fora, tentando respirar para não se afogar naquela medonha agonia onde já vegeta a fina flôr do lagartêdo. Avancei para o botão seguinte.

 
 

Na TVI24 quando vi o Octávio de Palmela sempre “a falar do que sabe”, nem perdi um segundo e passei adiante, indo parar no programa Zona Mista da RTPI (o local de TV em Portugal onde há mais morcões azuis e broncos do Freixo e de Contumil e suínos de Palermo por metro quadrado). Nunca tinha visto o programa e quando identifiquei os primatas que faziam parte da mesa estremeci - o pivôt é esse acrobata do microfone desportivo de nome Conduto (já foi bastante avantajado, mas no entanto já está novamente a inchar) e um trio de fugir – Bernardino Barros (a BB da fruta e dos chocolatinhos do boteco do Freixo, um comentador pura e simplesmente execrável e intragável), Farinha (de outro saco não comestível) e um Nuno (a dias), para-quedista recente na televisão – experts do futebol, com mais jeito para engraxadores.

 
 

Por fim apareceu a cara do Proença e então falei para os meus botões, dizendo:


- “Ó pá, é desta que hoje vais aguentar ver este programa, nem que chova!”

 
 

Pois o interesse pelo programa foi de tal ordem, que estive mais entretido a observar a trajectória de uma mosca malandra que cirandava pelo atmosfera do estúdio e percorria de lés-a-lés a mesa de tão eméritos?!? cumentadeiros, pivôt e apitadeiro quase que em vôo programado.

 
 

De cada vez que alguns deles falavam, a mosca lá aparecia muito oportuna, como que apontando algo que me estava a escapar.

 
 

Mas logo captei a mensagem, pois a danada, por várias vezes tentou pousar no campo de aterragem do Bernardino, mas a superfície calva do bípede deveria estar demasiadamente alagada ou encharcada (choveu a cântaros, ontem no Bonfim). Assim, sem autorização para se fazer a essa pista, a gaja assentava arraiais nas lapelas do casaco do dito cujo ou atormentava-o fazendo um bailado ziguezagueante em frente do seu trombil proporcionando momentos imperdíveis e que logo foram complementados sempre em alternância (porra! Isto fez-me lembrar algo em Palermo…) pela usurpação e usufruto do mesmo insecto da geleia capilar do Proença, obrigando-o mesmo a enxotá-la, tal era a vontade dela se exibir bem juntinha da estrêla do pífaro.


 


Ah, sim! Agora estava desvendado o mistério!


Era mais uma mosca corrupta do Freixo, a marcar indelèvelmente os seus compagnons de route!


 


Com mais “três” do Cardozo em cima da Marta Rebelo, desejo a todos os meus caros Companheiros indefectíveis Benfiquistas, um domingo bem passado!



GRÃO VASCO

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