A cloaca de Contumil
Ontem mesmo solicitei aos serviços de desinfecção e limpeza das instalações do Museu Cosme Damião que procedessem imediatamente à fumigação de todos os locais por onde passou e se manteve Hugo Gilberto. Desde a poltrona onde defecou um chorrilho de insinuações ordinárias sobre o Benfica e as suas Gentes, bem como em tudo aquilo em que ele pode ter tocado.
O “delfim”, discípulo de Rui Cerqueira e potencial candidato ao seu lugar no grémio que em tempos foi condenado por corrupção, conhecido na gíria futeboleira por fruta, corrupção & putêdo, vulgo fcp, prestou-se a um papel asqueroso, sectário, achincalhando no que pôde o Sport Lisboa e Benfica, o seu presidente e o seu treinador, num exercício soez, só possível pela permissividade e prosmicuidade que se instalou na RTP – também conhecida nos mentideros futeboleiros por RTPalermo - , onde uma chusma de azuis e broncos, bem orientados, continua a ser a guarda avançada do grémio da fruta na comunicação social. Ontem, tivemos a oportunidade de assistir a um exemplo ordinário de como um jornalista mal parido se pode transformar numa cloaca fétida, exalando maus cheiros e jorrando veneno anti-Benfica por todos os poros.
Gilberto não se limitou a fazer o que era a sua obrigação profissional. Usou e abusou de insinuações e especulações. Ultrapassou os seus atributos e as suas funções em exercícios torpes, piscando constantemente o olho ao seu grémio de coração e seus mentores – o clube do putêdo, sito ao Freixo, na Palermo portuguesa.
Entre muitas aberrações – a parola e provinciana gravata azul “à D. Bufas”, foi a cereja no topo do bolo – a alusão a Arsène Wenger foi chalaça rasteira. Descartou Alex Ferguson e chamou à colação o francês.
Porquê? Simples. Wenger não tem conquistado títulos.
LFV foi demasiadamente bem educado. Mesmo assim foi obrigado várias vezes a corrigi-lo. Mesmo assim perturbou Gilberto com a sua simplicidade. Foi evidente o desconforto deste pseudojornalista na parte final do programa, frustrado por não ter conseguido os seus intentos.
LFV, mesmo assim, fez bem.
E de uma forma subtil e curiosa enviou-lhe um boa directa que me fez esboçar um sorrido de gozo e desprezo – manifestou publicamente que o que mais lhe interessou naqueles momentos televisivos foi o facto de poder transmitir em directo aos Benfiquistas que Jorge Jesus está no Benfica para cumprir o contrato de mais um ano, diluindo aí todo o conteúdo ou pretensões que Gilberto pudesse ter.
A entrevista, se é que poderemos chamar àquilo uma entrevista foi um fiasco para Hugo Gilberto. Um grande fiasco.
Mas comigo, antes de finalizar o “trabalhinho por encomenda”, Hugo Gilberto teria decerto engolido tudo aquilo que defecou.
GRÃO VASCO