9.6.14

Os pauliteiros d'arrochada


 

Que me lembre, só conhecia os de Miranda.

Via-os na TV. Oito dançadores com um traje invulgar – chapéu preto adornado com flores, colete de pardo, xaile colorido, saiote branco bordado, botas de cabedal e meias a condizer – manuseando cada um dois paus (palos), simulando uma luta matraqueadora ao som de uma gaita de foles, caixa de guerra, bombo ou flauta pastoril.

Uma tradição milenar, danças de antanho sui generis do planalto mirandês.

Interessante.

 

Ontem em Turquel fomos presenteados com outro tipo de pauliteiros. Uma versão pimba e trauliteira. Cinco elementos com traje azul e bronco semelhante ao de presidiários, rodas nos botins, um pau meio “astickado” e luvas. Não dançam, urram. Todos. Os efectivos e os substitutos. Arreiam forte e feio e ai de quem se meta com eles. Quando falta o pau vêm umas murraças de luva. São conhecidos como a Sociedade Filarmónica dos Pauliteiros d'Arrochada, Grupo de Trolhas do Freixo ou Os Amigos de Ventura & Bosch, Lda.

Uma tradição com trinta anos, sempre a malhar, sempre a aldrabar, mantida com pintos, tós e franklins, onde o saber perder ou o saber ganhar não têm lugar.

Vergonhoso!

 

8-3. Sem espinhas!

P’ró ano há mais.

 

Só falta o andebol…

 

 


GRÃO VASCO


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