22.11.14

Aquilo que “A BOLA” não contou…



A notícia, logo pela manhã, caiu como uma bomba!

 

O pasquim do serpa dos croquetes, na sua capa da edição de hoje e em letras garrafais, alimentava pela enésima vez a boataria que corre incessantemente nos bastidores do futebol e que se centra na tão propalada “aliança” entre o Glorioso de Portugal e o grémio da fruta corrupção & putêdo, vulgo fcp, personificada nos seus dois dirigentes máximos, relatando a principal ocorrência da última reunião de clubes da Liga Portuguesa de Futebol - os respectivos presidentes, empenhados nos trabalhos, estabeleceram um diálogo que há anos não se via, conversaram, numa profícua troca de ideias e, sabe-se lá que mais…

 

No entanto, e pelo que contam as más-línguas, não foi nada disso que se terá passado na tão cordial reunião. É certo e sabido que os impolutos jornalistas de “A BOLA” que obtiveram informação tão importante escudam-se nas ditas “fontes” que nunca ninguém sabe quem são, mas que contribuem para um folclore que cada vez mais vai descredibilizando uma publicação, outrora respeitada e lida com interesse por leitores de todos os quadrantes e de todas as cores.

 

A contra-informação à atoarda do pasquim veio do famoso Pátio das Cantigas, onde a faxineira de serviço aos WC’s da Liga, uma refinada alcoviteira recrutada no submundo da Palermo portuguesa, num dia de folga, entre cochichos e conversas de pé-de-orelha e a troco de uma boa perna de leitão assado e de uma botelha fresca de frisante branco, acabou por se descair, botando a boca no trombone. A tia Ermelinda da tasca, uma benfiquista tripeira há muito radicada na capital é que não esteve pelos ajustes e vai daí tratou logo de me enviar um e-mail relatando pormenorizadamente a ocorrência, com destaque para os ditos cujos e tão apregoados diálogos anunciados pelo pasquim, que passo a transcrever e que surge assim como a versão mais fidedigna do que se passou na dita reunião entre aqueles dois dirigentes do futebol.

 

Então, aí vai…

 

 

Caro Grão Basco,

 

Afinal o diálogo entre o Bieira e o Pinteínho foi outro. Os gajos de “A BOLA” são uns tangas, carago! Quem me contou foi a Susette faxineira, uma morcona que bai lá à liga fazer a limpeza às retretes. Ora bem, no interbalo da reunião dos presidentes, alguns deles foram à “casinha” (num me lebes a mal dizer “casinha”, mas eu num quero mandar aqui nenhuma caralhada, carago…). O Pinteínho já lá estaba há um ror de tempo a alibiar a tripa. O fedor era insuportábel e o barulho da metralha ensurdecedor. Bieira queria abiar-se depressa, mas alguns problemas com a sua próstata tornaram inebitábel a sua permanência por mais uns quantos minutos no mijadoiro junto à retrete donde emanaba a dita malina assassina à mistura com uma sucessão de bufas, torpedos e rasgadores sem fim à bista.

O nosso Bieira, desagradado com o cenário, enquanto fazia a sua lenta mijadela, arriou um formidábel peido como resposta àquela crise mal cheirosa.

- Ah, leoun…eee! – exclamou Pinteínho, anonimamente, sentado na sanita, fazendo força naquele lugar solitário.

Aí o Bieira não gostou da brincadeira e respondeu:

- Qual leão, qual carapuça! Águia, ouviste bem, águia!

- Eu bi logo que essa bojarda tinha de bir dum mouro bermelho! – atirou outra vez o Pinteínho, num tom cavernoso.

- Vê lá mas é se puxas o autoclismo e aproveita, vai já pelo cano de esgoto abaixo. Com este fedor, ou te desintegras ou assim, continuas a envenenar e a intoxicar o mundo inteiro – disse Bieira, já de saída, dando umas sacudidelas na dita cuja e empurrando a porta basculante do sanitário.

 

Mas bou-te contar a melhor, ó Grão Basco!

À saída do cagadoiro, bê lá tu, estaba um marmanjo com um bloco de apontamentos e de caneta em punho, com uma máscara enfiada pelas trombas abaixo, igualzinha à que o meu abô usou na primeira guerra mundial por causa dos gases!

Ninguém sabia quem era aquele pilantra, mas a Susette que é de pêlo na benta agarrou no balde e na esfregona e beio à porta de entrada ver se encontraba mais alguém, estranho ao serviço. E não é que deu de caras com o by jabardo do geração benfica! Olha, foi uma risada, pois este estaba à espera de notícias do seu friend, o tolo do Shadows que à sucapa lhe tinha surripiado a sua máscara anti-gás, para ser o primeiro a fazer a reportagem sobre o diálogo entre o Bieira e o Pinteínho e postar no blogue deles!

 

Como podes ber, foi uma cumbersa de merda entre o Bieira e o Pinteínho com um fim de merda geracional!

E bou-te dizer mais uma coisa. Os gajos do serpa, debiam era lebar uma bela porretada naquelas tristes cornaduras!

 

Biba o Glorioso!

Saudações!

 

Ermelinda Gloriosa

 

 

 


GRÃO VASCO


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