11.4.11

A perigosa 'ponte' de Eindhoven


Ainda faltam noventa minutos ou mais, para sabermos quem estará nas meias-finais. Se o Benfica ou o PSV.

À excepção do Vilarreal, a equipa mais complicada nesta eliminatória é sem dúvida o PSV. Não são de modo algum as equipas de leste, nomeadamente o Spartak de Moscovo ou o Dinamo de Kiev. Recuso-me a tecer qualquer tipo de considerandos sobre os corruptos A e os corruptos B.

Quem estiver minimamente atento, sabe que o Benfica irá atravessar uma ponte muito difícil em Eindhoven, com muitos escolhos e armadilhas. Ao rever o jogo da Luz, da passada quinta-feira, conclui-se com facilidade do poder de fogo atacante da equipa holandesa e da qualidade da maioria dos seus jogadores. Engelaar e o defesa-esquerdo não irão jogar, mas jogarão outros do mesmo nível, incluindo Toivonen.

A travessia, ao contrário de alguns “facilitistas”, Benfiquistas ou não, vai ser muito dura e a incógnita perdurará ao longo do jogo. A nossa equipa principal, os nossos jogadores habituais, são garantia de que podemos levar a operação dos quartos a bom porto, mas a minha experiência de anos e anos de jogos europeus, diz-me que os holandeses são sempre também um osso bem duro de roer. E tudo irão fazer para virar a eliminatória.

Por isso, não consigo entender as críticas ao Benfica e às opções do treinador, e o chorrilho de disparates de uns quantos na Gloriosasfera pela derrota na Figueira da Foz e sobre a equipa de segunda linha apresentada nesse jogo.
Ainda senti alguma apreensão quando vi a entrada de Aimar e Salvio. Para quê? Para se lesionarem e serem baixas para Eindhoven?
As opções têm de ser claras e a liga caseira, desde Braga, deixou de ser prioridade. Desde esse jogo e para as jornadas seguintes qualquer tipo de poupança teria sido sempre legítima. Mais, no jogo da Luz com a corja corrupta, vulgo grémio da fruta ou fcp, teria ficado mais tranquilo se tivessem jogado as sub das sub reservas.
Ontem, na ânsia de ganhar, JJ meteu em campo dois dos melhores executantes actuais do Glorioso sob pena de terem sido contemplados com alguma traulitada vinda do céu e que poderia ter tido graves consequências.
Felizmente ninguém se aleijou e a derrota é um resultado de impacto zero, muito embora logo tivessem vindo a terreiro os tristes do costume, carpir mágoas, perorar e fazer o habitual enterro ao Glorioso.
Para esses a minha indiferença total.

Junto quadro de resultados do PSV (um sublinhado amarelo nas vitórias por três ou mais golos e a vermelho as derrotas sofridas), terminando com um adágio popular e um desejo bem ajustados ao momento que vivemos na Europa…


“CAUTELA E CALDOS DE GALINHA NUNCA FIZERAM MAL A NINGUÉM”…

…E QUE DEUS ABENÇOE OS NOSSOS "BRAVOS DO PELOTÃO" EM EINDHOVEN!

GRÃO VASCO


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