19.8.12

Mais ruga, menos ruga



Mais ruga, menos ruga, o tempo não perdoa. É excedentário, mas mais dez meses pagos a pêso de ouro, pelo menos, já ninguém lhos tira. Vida de príncipe dizem uns, vida danada dirá o homem e o seu séquito, especialmente quem o tenta rejuvenescer para o tempo que lhe resta de contrato.

A verdade é que com ou sem rugas e não obstante a consecução de pequenos êxitos, o homem continua fiel a si próprio e às suas convicções e teimosias, nem que elas estejam por demais obsoletas e indiciem um défice de comunicação e raciocínio. Mas falta-lhe aquele toque de classe e de categoria, faltam-lhe aqueles rasgos de talento e sabedoria dos grandes momentos, que distinguem um mediano de um eleito.

Ontem o Benfica demonstrou frouxidão e muitos desequilíbrios, com jogadores enervados, a acusarem notòriamente a responsabilidade de um jogo de alta voltagem. E para espanto geral, alguns deles, muito embora já com a experiência da época passada, dando a noção de não saberem o que é jogar no Benfica e no Estádio da Luz, perante mais de 50.000 adeptos.

E não venham os teóricos das técnicas e das tácticas – nem sequer é este o teor do post – acenar com a bandeira negra do Melgarejo, os mesmos que excomungaram o Emerson. O jovem paraguaio lutou com tudo o que tinha e a haver um ónus para essa escolha, uma estapafúrdia solução – um sonho em que proliferam Coentrões às pazadas – terá de ser pago por quem não quer ver o óbvio.

É como disfarçar as rugas – o equívoco pode não estar visível, mas ele está lá e por um imponderável qualquer surge o golpe de teatro.

E ontem aconteceu novamente.

- O Coentrão não está no Real Madrid à custa de uma invenção? Não há vitórias, não há títulos, mas vende-se bem e ganham-se milhões! – atira o “mestre”, justificando-se.

E os adeptos?
Assistem à venda.

E o Benfica?
Vende, mas não ganha nada.

E por fim, uma disparatada conferência de imprensa pós-jogo. A de pré-jogo tinha sido já outro desastre. Como é possível elogiar um ladrão que roubou escandalosamente a vitória ao Benfica, invalidando-lhe um golo limpo e que até foi marcado por jogadores adversários?

É que um Benfica como o de ontem, àquele nível, só poderia proporcionar aquela “bela” exibição de Artur Soares Dias, sem dúvida a figura do jogo.

O Benfica jogou pouco, os “brácaros” com a ronha de sempre, assim-assim e Artur Soares Dias fez o resto - um “jogão”!

Avancemos para Setúbal no Mercedes do Bitó dos pífaros, prenda do patrão da Sport TV, o famigerado “Murdoch de Penafiel”…sem esquecer o bafo do Cardozo que provocou a invalidação do golo da vitória ao Glorioso e a salvação do Beto na baliza dos “brácaros” – será que o Quim irá rosnar como rosnou quando deixou de ter lugar no Benfica? – os cartões amarelos ao avançado paraguaio e ao Maxi, e o perdão da expulsão mais do que óbvia ao farsante das tranças pretas, mesmo a acabar o primeiro tempo.

GRÃO VASCO

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