Caros e Gloriosos
Companheiros.
Desenganem-se os pseudoegos da sapiência, os justiceiros
da glória balofa, os puristas da hipocrisia, a quadrilha do bota-abaixo, os
pretensiosos de águia ao peito, os feirantes das vaidades da Luz, a vampiragem habitual. Neste post não irei falar do Benfica. Deixo
essa tarefa para as alimárias que concorrem na blogosfera Benfiquista e que
desde ontem, findo o jogo de Aveiro, assumiram esse servicinho, como qualquer cangalheiro
se encarrega de um funeral…
E assim, passou-se de
uma vitória muito suada, difícil e calculista, para aquilo que as bestas masoquistas
que pululam desalmadamente em redor do Glorioso tanto gostam de evidenciar –
uma má exibição, sem garra nem estofo de campeão.
A treta do costume de
uma corja de bardamerdas que não
consegue enxergar um palmo à frente dos olhos. É por causa destes, de muitos desgobernes, searas, conanas e quejandos que pulhas como guedes, serrões, aguiares, tavares, moreiras e queirozes fazem o que fazem nas
pantalhas caseiras, nos microfones das rádios e nas colunas da pasquinada.
Mal estaria o Benfica,
se todos aqueles que ontem, no estádio municipal de Aveiro foram incansáveis no
apoio à equipa do Benfica e consequentemente aos seus jogadores e muitos outros
que seguiram o jogo pela televisão ou pelas estações radiofónicas tivessem
pós-jogo essas atitudes de crítica acerba e malhação desvairada e injusta. Corja
deste calibre, decididamente não! Vade
retro satanás!
Por tudo isto, o que
começo por dizer sobre o desafio de ontem, é que os jogadores do Beira-Mar
causaram-me espanto e admiração. Jogassem sempre assim, e pediriam meças no
antro da pocilga do Freixo a qualquer equipa corrupta mesmo reforçada com
Soares Dias, Benquerença, Sousa ou Proença e derrotariam sem espinhas, qualquer
Bayer Leverkusen por 5 a 0!
E o que eles correram,
minha nossa!
Pareciam mesmo estar numa
maratona olímpica em constante aceleração, em busca de uma mala perdida a
abarrotar de notas de quinhentos euros!
E aquela força, aquela
determinação daquelas camisolas côr amarelo-caril-da-Póvoa!
Que elixir! Que coisa
mais fantástica!
Findo o jogo, abrandei
um pouco naquela ansiedade de pràticamente noventa minutos e olhei para a
tabela classificativa onde pude confirmar o estofo europeu dos aveirenses.
1º lugar!
E …e o meu Benfica?
Como? Os vermelhos em
último? Como é que isso pode ser?
Nesse instante, aparece
o meu herdeiro mais novo, dizendo:
- “Pai, esqueceste-te dos teus óculos na cozinha. Estás com a tabela classificativa
de pernas-para-o-ar!”.
Ao que lhe respondi:
- “Obrigado, meu filho! Até já estava a ver um novo Arsène Wenger, de
fato “à ministro”, com um bronzeado esquisito e de carapinha, em pé, dentro de
um moliceiro… gritando:
- “Fomos superiores ao Benfica em quase tudo!”.
Então, mas afinal, quem
é que ganhou?
Ah! Pois… sim… é
verdade, foi o Benfica.
Então, e as duas oportunidades
do Lima e aquela incrível do Óscar, não foram ontem em Aveiro e na baliza do
Beira-Mar?
Ah! Pois… houve qualquer
confusão com o Tozé Marreco…
Ok!
Foi uma vitória suada e
difícil. Uma vitória de campeonato. Muito duro e longo, mas também falso e
tremendo por vicissitudes várias. Não se esqueçam, Companheiros, que a partir de
ontem à noite, Benquerenças, Proenças, Artures, Xistras, Sousas e demais
malabaristas já ficaram de prevenção para as próximas etapas.
O Benfica está no topo,
isolado.
O que é que a “gajada”
quer mais?
Defendam-no! Com unhas e
dentes!
GRÃO VASCO