O bailado de Óscar, Águia-de-crista
A
imagem está envolta no fumo ignóbil provocado pelos criminosos dos petardos
Todo o meu clã familiar
é fã de Óscar Cardozo.
Todos os actuais Mantos
Sagrados da família têm o nº 7 gravado, em homenagem e gratidão a um homem-golo,
a um grande matador, cujo nome já faz
parte do quadro de honra dos avançados goleadores do Sport Lisboa e Benfica.
Por isso, cortei de vez
com alguns benfiquistos quando os vi
desancarem, vaiarem, desconsiderarem, discutirem e denegrirem de uma forma torpe
e soez o grande carácter, profissionalismo, empenho e dedicação de Óscar
Cardozo.
Muitas das vezes essas
atitudes raiaram o insulto. Acabou!
Óscar Cardozo não se
discute.
É um goleador nato.
Ponto final!
Muita gentalha, tal como
as falsas virgens ofendidas - um putêdo
de reles calibre - fica “incomodada” com aquele seu ar simples e parcimonioso,
de falsa lentidão, aparentemente pachorrento, parecendo por vezes alheio ao
calor da luta.
É um equívoco
imperdoável.
Óscar está lá para fazer
golo. Não está lá para fazer “rodriguinhos”, virtuosismos estéreis ou paneleirices artísticas.
Óscar é eficácia e os
Benfiquistas devem-lhe gratidão, reconhecimento e respeito.
E porquê, hoje, o Óscar
Cardozo?
Muito simples!
Porque receio que para
além da Juventus e de outros importantes emblemas europeus, o Teatro Bolshoi, a
mais renomada companhia de bailado do mundo, bata os 60 milhões de euros da
cláusula de rescisão que tem no seu contrato com o Benfica e lhe faça uma
proposta irrecusável para que passe, já esta época, a integrar o seu famoso
elenco.
É que Óscar foi em
Guimarães um portento na arte do ballet
e com uma margem de progressão enorme.
Como é que, depois de
uma cambada de cabeçudos do bota-abaixo o apelidarem de desajeitado, coxo,
molengão, perna-de-pau e outros relevantes e generosos epítetos, o homem, num
momento de grande inspiração, exibe todo o seu talento e técnica, ao efectuar
um bailado com tanta graciosidade e beleza, mesmo ao som dum cântico insultuoso,
gritado pelos adeptos do Guimarães em fúria - SLB, SLB, SLB, fdp’s, SLB, fdp’s,
SLB – e após a chapelada monumental de Garay no 2º golo do Benfica e do
rebentamento de mais um petardo pelos criminosos do costume?
Óscar, Águia-de-crista
do Benfica, tem a minha aprovação para integrar a célebre companhia russa de
bailado e ópera, mas só após “fazer mais miséria” nas próximas quatro épocas ao
serviço do Benfica nos diversos relvados da Europa e deste país.
Em Guimarães, Óscar
voou, voou, voou tanto, que até a habitual cambada de canalhas azuis-e-broncos
e verdes-caca da comunicação social – rádios, pasquins e tv’s - muitos deles
com ligações promíscuas à corja corrupta da Palermo
portuguesa, furibundos, espumaram de raiva e inveja, ladrando que nem cães
rafeiros exigindo a sua expulsão do espectáculo.
Óscar irritou os
broncos, os capangas, os boçais, os canalhas, os bastardos anti-Benfica, pois
estas bestas, com o ódio visceral que têm ao Glorioso, pouco ligam à estética e
à beleza da arte. Foi como colocar macacos e outras criaturas selvagens
sentados no Bolshoi, em Moscovo, a assistir a uma actuação de Rudolf Nureyev.
Óscar Cardozo mais não
fez do que, de uma forma suave e harmoniosa, mostrar toda a sua indignação
perante energúmenos e criminosos que com as mesmas tácticas de um outro gang, um pouco mais abaixo, no coio do
Freixo, na Palermo portuguesa, tentam
condicionar tudo e todos, o jogo e o adversário.
Para além de um belo passo de dança, que causou espanto em
muitos dos teus detractores, fizeste um belíssimo e incrível passe de mágica –
puseste os canídeos rafeiros da comunicação social, paineleiros da fruta e
afins, a ganir e a ladrar que nem uns desalmados, como aquele verme asqueroso e
execrável que ontem, na SIC, de tanto esticar o pescoço a olhar para cima, estrebuchou
que nem um desvairado completamente possesso e louco, acabando por insinuar um
“depois não se queixem!”
Um bastardo de memória
curta.
Parabéns Óscar!
GRÃO VASCO