O "filha-da-turca"
A realidade é só uma e
não podemos escamoteá-la. Perdemos a Batalha de Istambul, com um resultado que
muito embora tendo o seu quê de ingrato e de muito traiçoeiro, foi acompanhado
de alguma sorte que por isto e ao fim dos noventa minutos se transformou numa
esperança para daqui a uma semana no Estádio da Luz.
Não será fácil. Serão
sempre dois golos do Benfica que terão de marcar a diferença e a passagem do
Glorioso à final.
É possível? É, mas
muito, muito cuidadinho.
Já não me recordo de ver
um jogo de futebol transformado numa verdadeira batalha, onde turcos agressivos
e ambiciosos, que mais pareciam guerreiros do antigo Império Otomano deram tudo
por tudo, com a equipa do Benfica, perante uma avalanche infernal, por vezes
confusa e trapalhona, a bater-se como podia, evitando males maiores na companhia
de uma estrelinha que bem poderá brilhar e ser de primeira grandeza se a
motivação, o talento a capacidade física e a Clamor do Povo Benfiquista no
Estádio da Luz estiverem bem presentes nos jogadores e adeptos, na próxima 5ª
feira.
O jogo foi leal, mas
muito intenso, muito duro, numa noite de muito sofrimento também. Mas sem isso
não há campeões.
Regressamos da Turquia
com alguma tristeza, geral e bem visível no fácies do timoneiro da equipa.
Sabíamos que a encruzilhada se aproximava a passos largos e haveria, mais cedo
ou mais tarde de se optar prioritàriamente por um caminho. Ontem, JJ deu
claramente essa indicação – para além de Luisão, Enzo e André Almeida que
estavam impedidos de jogar (o capitão por lesão e os centro-campistas por castigo),
Lima nem sequer jogou e Gaitán só jogou meia parte - embora isso a todos possa
custar, muito especialmente àqueles que já viram o Glorioso sete vezes nos palcos
das finais europeias ao longo de seis décadas. Há que descobrir, na 2ª feira, o
caminho “marítimo” para o título nacional, prioridade das prioridades, e só
depois pensar na perigosa armada turca que “atraca” em Lisboa na próxima
semana.
No entanto, não vou
esquecer o que ouvi durante a transmissão do jogo através da SIC. Mais uma vez
e despudoradamente, para indignação dos Benfiquistas que presenciaram através
dessa estação, o jogo entre o Benfica e o Fenerbahçe, lá apareceu um filha-da-turca habitual nestas andanças,
de seu nome Luís Marçal, que por mais que tente, não consegue disfarçar e não resiste
ao seu animalesco anti-Benfiquismo,
tendo-nos brindado com mais uma descrição canalha do jogo, em constante afronta
ao Glorioso, aos seus jogadores e às suas gentes.
Mas, mesmo assim,
esperemos por 5ª feira. Bem poderá acontecer que este reles filha-da-turca e mais alguns que por aí
cirandam, venham a ser “empalados” pelo bico da Águia Vitória em pleno Templo
Sagrado.
Até lá!
GRÃO VASCO