26.4.13

O "filha-da-turca"



A realidade é só uma e não podemos escamoteá-la. Perdemos a Batalha de Istambul, com um resultado que muito embora tendo o seu quê de ingrato e de muito traiçoeiro, foi acompanhado de alguma sorte que por isto e ao fim dos noventa minutos se transformou numa esperança para daqui a uma semana no Estádio da Luz.

 

Não será fácil. Serão sempre dois golos do Benfica que terão de marcar a diferença e a passagem do Glorioso à final.

É possível? É, mas muito, muito cuidadinho.

 

Já não me recordo de ver um jogo de futebol transformado numa verdadeira batalha, onde turcos agressivos e ambiciosos, que mais pareciam guerreiros do antigo Império Otomano deram tudo por tudo, com a equipa do Benfica, perante uma avalanche infernal, por vezes confusa e trapalhona, a bater-se como podia, evitando males maiores na companhia de uma estrelinha que bem poderá brilhar e ser de primeira grandeza se a motivação, o talento a capacidade física e a Clamor do Povo Benfiquista no Estádio da Luz estiverem bem presentes nos jogadores e adeptos, na próxima 5ª feira.

 

O jogo foi leal, mas muito intenso, muito duro, numa noite de muito sofrimento também. Mas sem isso não há campeões.

Regressamos da Turquia com alguma tristeza, geral e bem visível no fácies do timoneiro da equipa. Sabíamos que a encruzilhada se aproximava a passos largos e haveria, mais cedo ou mais tarde de se optar prioritàriamente por um caminho. Ontem, JJ deu claramente essa indicação – para além de Luisão, Enzo e André Almeida que estavam impedidos de jogar (o capitão por lesão e os centro-campistas por castigo), Lima nem sequer jogou e Gaitán só jogou meia parte - embora isso a todos possa custar, muito especialmente àqueles que já viram o Glorioso sete vezes nos palcos das finais europeias ao longo de seis décadas. Há que descobrir, na 2ª feira, o caminho “marítimo” para o título nacional, prioridade das prioridades, e só depois pensar na perigosa armada turca que “atraca” em Lisboa na próxima semana.

 

No entanto, não vou esquecer o que ouvi durante a transmissão do jogo através da SIC. Mais uma vez e despudoradamente, para indignação dos Benfiquistas que presenciaram através dessa estação, o jogo entre o Benfica e o Fenerbahçe, lá apareceu um filha-da-turca habitual nestas andanças, de seu nome Luís Marçal, que por mais que tente, não consegue disfarçar e não resiste ao seu animalesco anti-Benfiquismo, tendo-nos brindado com mais uma descrição canalha do jogo, em constante afronta ao Glorioso, aos seus jogadores e às suas gentes.

Mas, mesmo assim, esperemos por 5ª feira. Bem poderá acontecer que este reles filha-da-turca e mais alguns que por aí cirandam, venham a ser “empalados” pelo bico da Águia Vitória em pleno Templo Sagrado.

Até lá!

 

GRÃO VASCO


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