17.5.13

"A nossa hora vai chegar"




Mais de duas décadas depois, o Sport Lisboa e Benfica regressou aos grandes palcos do futebol europeu como finalista da Europa League.

O percurso íngreme - após um longo período de ostracismo, convulsões internas, inúmeras dificuldades financeiras e de uma grave crise de liderança que o colocou à beira do abismo - tem sido feito a pulso, por um trilho difícil, armadilhado e recheado de escolhos, mas sempre com aquela Chama Imensa personificada num Benfiquista simples, homem de negócios bem-sucedido, com uma vontade férrea e uma ampla visão dos novos tempos, que num trabalho ciclópico ao longo de dez anos, repôs o Benfica nos patamares de credibilidade e grandeza que foram sempre seus por direito próprio.
Esse grande e sério timoneiro é o presidente do SL Benfica, Luís Filipe Vieira.

As boas performances do clube nas provas da UEFA têm inequivocamente confirmado esse bom caminho, que num futuro próximo dará os seus frutos e por consequência os títulos europeus que todos os Benfiquistas há muito ambicionam voltar a comemorar.
Pois não é por acaso que nesta época de 2012-2013, os Benfiquistas têm vivido e comungado de emoções semelhantes àquelas que muitos viveram nos anos 60, em que o Glorioso se transformou no maior colosso da Europa do futebol.
E no dia 15 de Maio deste 2013, o Mundo e o Velho Continente renderam-se mais uma vez ao nosso futebol recheado de arte e talento, fechando-se assim mais uma nobre página no rico historial do Benfica.
Com uma ingrata passagem pela Champions League, onde jogou com o Barcelona de Messi, o Spartak de Moscovo e o Celtic de Glasgow, transitou para a Europa League.
E assim, esta época europeia ressurgiu num ápice nas neves de Leverkusen onde tudo melhorou com uma aspirina “made in” Bayer, passou pela auto-estrada e vinhêdos de Bordéus dizendo “au revoir” ao Girondins e degustando um bom “cabernet-sauvignon”, fez escala em Newcastle, apeando o United numa noite memorável e “hitchcockiana”, acabando por desembocar num inferno turco, que ficou conhecido pela Batalha de Istambul, a penúltima paragem antes de Amesterdão.
Só faltava carimbar o passaporte para terras holandesas. E uma semana após a derrota no ambiente fervilhante do Şükrü Saracoğlu, onde se deu esse feroz embate com os turcos, o Benfica, puxando dos seus galões, acabou por eliminar o Fernerbahçe com uma exibição de luxo em mais uma noite inesquecível na Luz.
Estava assim desbravado o caminho para mais uma final europeia. A 9ª em 52 anos.
O Benfica encheu as bancadas do Amsterdam ArenA de indefectíveis adeptos e do relvado surgiu o perfume do seu futebol, pleno de fantasia, técnica e classe, mas cruelmente, o Destino quis que fosse o outro finalista, o Chelsea, a sagrar-se campeão do torneio.

Quanto ao desfecho, dizem os místicos, que o fantasma de Guttmann e a sua maldição passaram por lá, aos 90´+2´ de uma final que o Benfica tanto fez por merecer e por ganhar. Para os cépticos, foi obra do acaso com muita azar à mistura.
Seja como fôr, foi um bom augúrio para o futuro.


GRÃO VASCO



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