2.6.13

O Porto "portista" mete nojo


No passado fim-de-semana estive num torneio de basquetebol para jovens entre os oito anos e os doze, na cidade do Porto, e vou contar-vos algumas peripécias, onde é bem patente uma fobia mórbida, a raiar a demência, ao Benfica e à capital.

 

Nem uma agremiação que nada tem a ver com o clube que tem desvirtuado sistemàticamente a verdade desportiva, escapa àquilo que de mais doentio o portismo encerra. Uma verdadeira praga que começa a tornar-se incontrolável.

 

Durante o torneio tive oportunidade de falar com vários dos seus responsáveis. Quando o grémio da fruta, vulgo fcp, veio à baila, assisti a uma mudança radical no espírito dessas pessoas.

Dizia um deles:

- “O Porto tem tudo minado, nós sabemos. Mas é assim que ganhamos e continuaremos a ganhar”.

Depois, numa pequena esplanada dessa mesma agremiação, onde presenciei a final da Champions, o tema não eram o Bayern nem o Borussia. Era o Benfica, com um escárnio tal que até o Heynckes, era citado por não ter tido êxito no Benfica e tê-lo conseguido no Bayern. Na boca dessa gentalha até o minuto 92 era alvo de chacota.

À noite houve um karaoke para as equipas forasteiras. Na apresentação, o speaker começou logo a cantar os “filhos do dragão” e com um desplante incrível perguntou à plateia quem é que era do Benfica. Tramou-se. A miudagem, sem mêdo e na sua inocência, a par de alguns adultos onde me incluía, levantou bem alto os braços, mostrando orgulho no Glorioso. O sujeito ainda tentou alguma animação pedindo a “onda”. Os miúdos responderam-lhe que não faziam isso, porque eram do Benfica, dado que o espécime meteu no palco um catraínho pequenino pendurado num cachecol azul corrupto, que nem sabia o que aquilo era. Uma vergonha!

Abandonei aquele triste espectáculo na certeza de que o facto não se repetiria. Mas não. Ao outro dia, durante o evento de encerramento do torneio, o mesmo speaker interrompeu a cerimónia para anunciar através dos altifalantes do pavilhão que o Benfica tinha perdido a Taça de Portugal. Exactamente assim como vos transmito, ignorando o seu vencedor, o Vitória de Guimarães. Nas bancadas, a turba, louca, explodiu raivosamente como se tratasse de uma vitória sua. Muitos Benfiquistas que assistiam ao encerramento ficaram perplexos.

Concluí, tristemente, que muitos dos valores que apregoam, como o desportivismo e a competição leal são uma farsa. Não voltarei lá.

 

No Porto desportivo de hoje, e mesmo noutras áreas, quem manda é o ódio, a coacção, a corrupção, a selvajaria.

 

Vivi naquela cidade há três décadas, e na meia dúzia de anos que por lá permaneci, já se sentia no ar esta agressividade selvagem, instigada por aquele que se tornou no maior bandido, no maior mafioso mais impune deste país.

 

O Porto mete nojo e os seus cidadãos honrados e livres assistem tristes e impotentes à degradação de valores e princípios que tornaram a urbe conhecida por "antiga,  muy nobre, sempre leal e invicta".

Lamento pelos Benfiquistas e pelos restantes naturais da cidade que não aderem ao despautério e se mantêm fiéis aos seus princípios.

 

Uma vergonha!

 

As autoridades policiais, coniventes, fecham os olhos aos atropelos de uma quadrilha medonha que coage, ameaça e molesta tudo o que não se pinta ou veste de azul e branco.

 

Políticos, soçaite e muito clero, beijam o anel do padrinho. À italiana. Jornalistas imitam os seus pares do tempo da ditadura, manipulando, mentindo, apregoando as “virtudes” da bandidagem do Freixo.

O único objectivo desta corja, transversal à sociedade portista, não portuense, que há três décadas "manda" no Porto, como Al Capone mandou e controlou Chicago é tirar poder à capital.

 

E não me venham falar em descentralização ou regionalização. É uma mentira e uma falsa questão. O Porto, dominado por esta escumalha está bem a cagar-se para o resto do país.

 

Eu não sou do Porto. Felizmente. Quero que este Porto se lixe!

 

 

 

GRÃO VASCO



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