JN – Tá Lámmmmmmm…?
PM – Tou…eeee?
JN – És tu, Pôncio?
PM – Ó carago! Sim, sou eu Jorge. Entõun…eee?
JN – Já comprei os baralhos p’ra
sueca…
PM – Aonde, carago?
JN – Eh, eh, eh… na Feira da Bandôma.
Até trazem as efígies do Calheiros e do Martins dos Santos, eh, eh, eh… e olha
lá, o Cartola e o Adriano já estõun…eee aí?
PM – Já! E a fruta, trazes alguma?
JN – Fruta nõun…eee, que apodrece
pelo caminho, mas lebo comigo umas carcaças belhas de carago… o Araújo anda
desaparecido, nunca mais o bi… e em tempos de crise foi o melhor que se pôde
arranjar, eh, eh, eh…
PM – Carcaças? Quem?
JN – Olha, lebo a Micas húmida da
Cedofeita, a Rosinha de Massarelos, a Sõun...eee pentelhuda do Bolhõun…eee e a Zéza pifareira
da Trindade.
PM – A Zéza? Qual Zéza? ...E a Rosinha
de Massarelos?
JN – A Zéza é a dos bóbós “à 3 quinze”
e a Rosinha é a “Boquinha de Beludo”, carago!
PM – Tá bem, tá bem… entõun…eee… e
quando chegas?
JN – Ainda nõun…eeee sei bem… já saí
de casa, já passei pela CUF, parei no S. Joõun…eee, já comprei bilhete pela
internet, e o que eu te garanto é que já bou…eee mesmo a caminho…
PM – Ok! Cá te esperamos. Só faltas
tu, a alma parda do Lourenço e o monstrunço do Ilídio…
JN – Pois é, pois é… eh, eh, eh… mas
olha que com o Lourenço, nem os bichos querem nada com ele!
PM – Faz boa biagem, nõun…eee te
percas pelo caminho nem passes por Gaia. Pode lá estar o diabo dos calduços e
ainda vais parar mais depressa ao inferno…
JN – Ok, ok…
GRÃO VASCO