Odivelas, “far west” do lagartêdo
Prólogo.
O chefe dos pistoleiros
do fôsso do lagartêdo, sorumbático,
alapa-se na tribuna, incrìvelmente ladeado pelo ex-presidente do Comité Olímpico
Português!
A verdade vem sempre à tona!
Como é que se pode
entender que uma ex-proeminente figura do olimpismo
lusitano, se preste à triste figura de acompanhar uma quadrilha de
incendiários?
Na realidade, no fôsso do lagartêdo há razões que a razão
desconhece…
Mas, adiante. Vamos ao
drama.
O cenário estava
montado, como é habitual nestas ocasiões leoninamente periclitantes. Depois da
desilusão da véspera, em que bastou um puto de dezoito anos e a inteligência de
todo um grupo glorioso para colocar novamente em sentido o lagartêdo, a quadrilha do pistoleiro
do fôsso resolveu, custasse o que custasse, criar um deplorável clima de
intimidação, de forma a protelar a decisão do título de futsal por mais uma semana.
Num recinto pronto a explodir
ao mínimo instante em que os forasteiros estivessem alguma vez em vantagem,
tudo foi feito para, caso o grémio do
fôsso não saísse vitorioso do duelo, criar um tumulto incontrolável de
forma a minorar mais um descalabro de Bruno
& sus muchachos e a toldar mais uma brilhante vitória do adversário…
Valeu tudo!
Desde a transmissão
miserável da RTP, incluindo os seus comentadores – Pedro Martins e Pedro Catita
que descaradamente nem tentam esconder a sua execrável parcialidade
anti-Benfica – passando pelos locutores ignorantes da tv do fôsso, e acabando no treinador, delegado, presidente e
adeptos do lagartêdo, protagonistas
de um degradante espectáculo final que me recordou a célebre frase tantas vezes
proferida por quem deveria ter decoro nas suas palavras e nos seus actos:
- “Isto é o çeportèn!”.
O pavilhão de Odivelas e
as suas redondezas transformaram-se de um momento para o outro num far west ao melhor estilo de Hollywood,
com os muchachos do pistoleiro em
constante arruaça e pressão junto dos apitadeiros,
que se tivessem sido tão rigorosos como são para com os dirigentes, treinadores
e jogadores do Glorioso, teriam despachado essa quadrilha de agitadores e
coactores bem cedo para os balneários.
As cenas finais quase me
lembraram uma cena apocalíptica. A turba verde de ódio, ululante e em polvorosa,
desesperada com o desfecho, assistindo à festa do título do Glorioso nos seus
próprios domínios, os apitadeiros a “cavarem”
para os balneários sendo alvo do arremesso de muitos objectos e o placard com o emblema do lagartêdo a tombar, inexorável, com
estrondo no chão do pavilhão, tal qual a futura queda do seu mentor, com o fôsso a implodir irremediàvelmente!
A tragédia por pouco que
não aconteceu, mas o far west vai
continuar a existir enquanto houver pistoleiros no fôsso.
GRÃO VASCO