O autor desta pérola
fez-me lembrar o anúncio da Binaca
que outrora passava na TV e que terminava com um slogan no mínimo curioso – “a sua fama já vem de longe”.
A Binaca era e não sei se ainda é comercializada actualmente - uma pasta dentífrica indicada na higiene oral.
Ora bem, este
ponta-de-lança da hiprocrisia e de pouco rigor, também tem uma fama que já vem
de longe. Saltitou por muitos desportivos e acomodou-se nesta publicação na
qual ele nunca pôs os pés no tempo em que ela era um jornal de referência. Depois, A
BOLA deu guarida a muito saltitão e muito particularmente começou a ser
encharcada de muito militante azul e bronco, apologistas e facciosos da Irmandade da Fruta,
a norte, na Palermo portuguesa. Os seus artigos, bem como os de alguns
sectários que por lá passaram e de outros que ainda por lá permanecem – Jorge Olímpio Bento era o suprassumo desse radicalismo impregnado
de um ódio profundo ao Benfica – ou glorificavam os sucessos do clube da fruta
ou colocavam por hábito o Benfica nas ruas da amargura, apoucando-o e achincalhando-o
sempre que a ocasião surgisse. O que é facto é que este artista, bem como
outros que por lá deambulam, ainda não perderam esse triste e miserável hábito.
E assim, num pequeno
editorial, do qual retirei o excerto aqui publicado, esta “luminária”
futeboleira aborda uma questão da qual se deveria ter informado primeiro para
não dizer asneiras nem divagar sobre estalinismos
e afins, pois ter ficado abespinhado como uma falsa virgem ofendida pela
retirada de um cartaz bi-dimensional, da figura em cartão do ex-treinador do Benfica do grupo
vencedor do campeonato 34 na megastore do Benfica no Estádio da Luz, raia o
ridículo e a estupidez.
Já foi bem explicado, e
ainda ontem o nosso prezado consócio Rui Gomes da Silva no programa Dia
Seguinte detalhou o porquê desse procedimento. O cartaz em questão serve para
tirar umas fotos com quem quiser fazê-lo. Ora, como é óbvio, haverá muitos
Benfiquistas que não quererão ter a companhia do ex-treinador e só poderão pretender ter os
jogadores como cenário de fundo. Portanto, e ao contrário desta “irresponsabilidade
jornalística” pouco rigorosa, não houve irresponsáveis, nem procedimentos estalinistas.
Tão sòmente uma acção normal para evitar contratempos e situações pouco
agradáveis com sócios e adeptos que manifestem a vontade de tirar a foto sem o dito cujo.
Nada nem ninguém no Benfica apaga o que que quer que seja. Tal como pediu para
que o pressuposto (ir)responsável pela retirada da figura cartonada “ser posto
na ordem”, espero que o director dos croquetes convidado das Galas do Benfica,
tenha a coragem de pôr este artista azul e bronco de pálas anti-Benfica também na “ORDEM”!
E nisto de devoções
estalinistas, aproveito para lembrar a este manhoso iluminado, arauto duma rica
memória selectiva, que nunca o vi abespinhado pelo seu grémio de coração ter
apagado (sim! aí é que o apagão foi total) da foto afixada no respectivo espaço
museológico, a imagem de uma alternadeira, ex-amante do presidente e de muitos
dos seus farfalhudos “carnavais”, aquando da audiência do papa João Paulo II no
Vaticano a uma famigerada comitiva do grémio da fruta!
Será que este episódio
também terá tido direito a alguma parte de algum dos seus anteriores editoriais
sobre o seu fcp, ou houve na altura algum
apagão made in santos neves?
…E quanto à Binaca, uma
bisnaga deste dentífrico, adquirida em qualquer estabelecimento da especialidade,
não lhe fará mal nenhum para lavar a sua bocarra azul e bronca que, de tempos a tempos se abre alarvemente para
ferrar sem rigor jornalístico algum, as habituais alfinetadas no Benfica, “a la Estaline!”.
GRÃO VASCO
