Uma
das piores figuras públicas da história contemporânea lusa, que durante quase
quarenta anos de uma vida privada e social libertina se dedicou no campo
desportivo, especialmente no futebolístico,
a uma guerra espúria, veio ontem dizer, arvorado em paladino da paz, em mais um
dos seus discursos “irónicos e incendiários”, que “o futebol não pode ser uma guerra, tem de servir para unir o país”…
A
hipocrisia, a canalhice, a falsa beatice, a tentativa de dividir o país
desportivo e não só, empunhando a falsa bandeira do norte, apelando continuamente
a uma guerrilha sem escrúpulos contra o Benfica, contra o sul, contra os “mouros”, mencionando o estádio nacional
do Jamor de “estádio do Oeiras”,
dizendo no apogeu da sua bandalheira que “o
Benfica não contava para o PIB”, etc., etc., etc., quer o quê agora?
Mais…
“Na verdade, estava a
caminho das urgências, quando passei pela morgue e vi que lá estava grande
parte do Benfica. Aí, melhorei e vim embora”…
Na
verdade, este hipócrita das romagens a Fátima e do ludíbrio ao papa João Paulo II,
mentor do anti-Benfica, um crápula da pior espécie, coroado como “um rei em Palermo” por uma matilha de
morcões, símios e cães raivosos, que alimentou durante anos e anos a fio um
ódio de morte ao Benfica bem patente na corja de bandidos que o acompanhou
quando regressou ao país e foi detido para depôr na polícia judiciária após
fuga comprometedora para o norte de Espanha resultado de um aviso prévio de um
dos seus “compagnons de route”, vem
agora querer o quê?
Um
bandalho que premeia e entrega o prémio de funcionário do ano do grémio a que
preside, a um criminoso que se deleitou a jorrar diatribes, manipulações,
falsidades e a divulgar correspondência privada do Benfica, vem agora limpar-se
da sabujice e trampolinice de dezenas de anos, invocando que "o futebol não pode
ser uma guerra"?
Não
tenho nem nunca terei a memória curta e para relembrar os mais incautos e
esquecidos transcrevo uma notícia do jornal Público de 17/Dez-2001 e que revela
o estado deplorável e promíscuo que se viveu (e que se continua a viver)
naquela que Mourinho, apelidou um dia de “Palermo
portuguesa”.
Esta
é na realidade uma das muitas histórias de gangsterismo
à laia da Chicago dos Anos 30 do século passado e protagonizada, sempre, pelas
mesmas figuras pardas afectas ao grémio que ficou para sempre conhecido como o “grémio da fruta corrupção & putêdo”.
Para
recordar:
Carolina Salgado, a
ex-companheira de Pinto da Costa, confirmou hoje, no Tribunal de Gondomar, que
o presidente do FC Porto foi avisado dos mandados de busca à sua casa e do
mandado de detenção.
Carolina Salgado
prestou declarações enquanto testemunha do Ministério Público no julgamento do
processo cível que Pinto da Costa moveu contra o Estado e em que reclama uma
indemnização de 50 mil euros por considerar ilegal a sua detenção, realizada no
Tribunal de Gondomar em Dezembro de 2004, no âmbito do processo Apito Dourado.
Questionada pela
procuradora do MP se tinha tido antecipadamente conhecimento da busca à casa da
Madalena, em Gaia, Carolina Salgado respondeu que sim, sem hesitar.
"Tivemos conhecimento
através do advogado Lourenço Pinto, um dia antes das buscas", afirmou,
acrescentando que aquele advogado telefonou a Pinto da Costa de manhã para o
convocar para uma "reunião com carácter de urgência".
Já ao almoço desse dia,
que contou também com a presença de Reinaldo Teles e outros, Lourenço Pinto
"disse que tinha conhecimento" de que havia uma busca iminente,
adiantou Carolina Salgado.
A ex-companheira do
presidente do FC Porto referiu que aquele almoço serviu para delinear a
estratégia a seguir, sendo certo que o empresário António Araújo não teria
conhecimento de nada para "despistar as autoridades".
Lembrou que a
estratégia consistia em "elaborar um plano de fuga" dela e do seu
companheiro de então para Espanha.
"Nós não podíamos
ficar no país", disse, acrescentando que Lourenço Pinto tinha recebido a
informação da busca e da detenção através de um inspector da Polícia Judiciária
do Porto, cujo nome não se recordou.
A ex-companheira de
Pinto da Costa revelou ainda que o advogado Lourenço Pinto tinha conhecimentos
no Ministério Público e que o seu ex-companheiro teve acesso ao processo Apito
Dourado.
"Até tivemos
acesso ao processo Apito Dourado, com uma capinha amarela. Foi levado por
Lourenço Pinto e transportado pelo motorista do Jorge Nuno", precisou
Carolina Salgado.
O juiz perguntou-lhe,
depois, se conhecia bem a dimensão do processo, que já conta com 150 volumes, e
Carolina disse que "já era grandinho" na altura.
"Tive a certeza
(de que se tratava do original) porque mo disseram" - afirmou - e
"desfiz todas as minhas dúvidas", explicando que a ideia era ter
acesso às declarações de António Araújo e, a partir daí, preparar o depoimento
de Pinto da Costa.
Relativamente à fuga
para Espanha, Carolina referiu que dormiram no Parador de Tui, depois de Pinto
da Costa ter ido a casa "buscar alguns documentos que o pudessem
comprometer e ter deixado inclusive o cofre aberto para poupar trabalho às
autoridades".
No dia seguinte,
adiantou, o advogado de Pinto da Costa, Gil Moreira dos Santos, foi lá ter com
eles para que fosse delineado o regresso a Portugal, tendo aconselhado o líder
portista a permanecer em Espanha.
O advogado, que
confirmou a sua presença em Tui, salientou, porém, que tinha já efectuado
contactos com o Tribunal de Gondomar antes de chegar a Espanha, momento que
Carolina disse não se recordar.
Segundo Carolina, ela
abandonou Espanha pela auto-estrada, enquanto Pinto da Costa lá permaneceu
"até receber indicação do advogado".
Carolina Salgado
afirmou ainda não se recordar que o advogado de Pinto da Costa tenha sido
interceptado por forças policiais na ponte velha de Valença, afirmando que
apenas tinha recebido a informação de que alguns agentes da PJ poderiam ter ido
à casa de Cerveira.
Nesta sessão foi também
ouvido o inspector-chefe da PJ António Gomes, que considerou estranho
"nada" ter sido encontrado em casa de Pinto da Costa no dia da busca.
"Não se encontrou
absolutamente nada, nem um papel de um banco", disse, acrescentando estar
convencido de que "os visados estavam avisados da visita" da PJ.
No final da sessão, o
advogado de Pinto da Costa, Gil Moreira dos Santos, disse desconhecer qualquer
aviso prévio dos mandados, afirmando ter ideia de que Pinto da Costa esteve em
Espanha para se encontrar com presidente da equipa do Corunha por causa de uma
possível transferência do jogador Pepe.
Relativamente ao
alegado conhecimento de Pinto da Costa e de outras pessoas do processo Apito Dourado,
Gil Moreira dos Santos considerou que se o que foi dito em Tribunal
corresponder à verdade é muito grave e deve ser investigado.
O juiz marcou a
publicação da decisão da matéria de facto para quinta-feira, às 13h30, no
tribunal de Gondomar.
Ele
viu parte do Benfica na morgue do hospital, mas mais tarde ou mais cedo será
ele que desaparecerá da face da Terra – ele sabe bem disso e que apesar de tudo, o
Sport Lisboa e Benfica continuará forte, próspero e glorioso - e levará também a
certeza de que nunca conseguirá apagar
da memória colectiva dos Benfiquistas a guerra suja que desencadeou e que causou
e continua a causar estragos irreparáveis no futebol português, tentando agora
apagar todo o seu passado tenebroso, de autêntico terror, com estas falinhas
mansas de um “velho careca, rico” em
modo de moribundo.
GRÃO VASCO