O
jogo foi difícil e o seu prolongamento uma consequência disso mesmo. Os
jogadores do Benfica foram grandes. Mesmo os minorcas. Bruno Lage ofereceu aos croatas
três quartos da eliminatória. O último quarto deu muito, muito trabalho, com
direito a uma extensão de mais trinta minutos.
Consequências
desse tremendo esforço?
Veremos
no domingo em Moreira de Cónegos.
Não
se tratava somente de uma questão de prestígio. O apuramento para os
quartos-de-final da Liga Europa era importantíssimo. As razões dessa relevância
são sobejamente conhecidas e seria fastidioso estar aqui a enumerá-las.
O
Dínamo, não obstante ter um jogo muito redutor, tem jogadores com capacidade
futebolística acima da média e um treinador matreiro que desde o sorteio que lhe
ditou o Benfica no seu caminho, usou e abusou de mind games por vezes a raiar a provocação e o desdém.
O
Benfica é superior em tudo. Nenad Bjelica sabia isso desde que começou a “estudar”
o Benfica. Já na Croácia, na 1ª mão desta eliminatória, comprou atempadamente
um autocarro de dois andares e não esteve com meias medidas – trouxe-o até à
Luz e estacionou-o de tal forma que quase obtinha os seus intentos. Muito
também pelas exageradas opções que colocaram a equipa do Benfica de pernas para o ar, mesmo
reconhecendo-se a competência e o saber de Bruno Lage. A par de tudo isto, usou
e abusou das velhas tácticas das equipas secundárias – simulações de lesões,
alguma dureza e também algumas provocações para queimar tempo com o intuito de
quebrar o ritmo ao Benfica e também despertar ansiedade nos seus jogadores,
sempre inimiga do discernimento preciso para desbloquear desafios deste tipo.
No
entanto, para felicidade de todos os Benfiquistas, os nossos jogadores
mantiveram-se suficientemente lúcidos para encontrar as soluções para tão
intrincado problema, não obstante um ou outro calafrio.
Os
parabéns à equipa são inteiramente merecidos.
No
entanto, todos sabemos também que o jogo de domingo ainda é mais importante que
o que decorreu ontem. Moreira de Cónegos é uma paragem em que só a vitória
conta. Só a vitória!
NOTA
Os
pasquins desportivos da nossa praça continuam a descambar para a chafurdice,
diminuindo ostensivamente a relevância da vitória do Benfica. Nem lhes toco.
Olho para as suas capas nos escaparates e mais nada. Não merecem a consideração
de nenhum Benfiquista.
Para
eles seria bem melhor que o hacker
detido na Hungria tivesse sido solto e ilibado daquilo que é acusado. Aí sim, a
relevância era outra, pois quase se limitaram a dar a notícia em tom de rodapé.
O
hacker afinal será extraditado contra
a vontade de uma cambada de bandidos que vagabundeiam e se acantonam
principalmente a norte. Os que estão a sul, curiosamente também visados na
divulgação de documentos têm mais receio que o Benfica venha a ter direito às
verdades que têm tentado omitir de todas as formas do que propriamente em
relação às trapalhadas e vigarices que esses documentos podem conter.
Terem
feito do hacker um mártir do futebol
ou terem-no promovido a Madre Teresa de Budapeste revelou que há um bando de
bastardos e desonestos em redor do futebol indígena a quem o Benfica e os
Benfiquistas nunca poderão perdoar.
Aguardemos
serenamente também a evolução deste caso criminal.
GRÃO VASCO